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| 15 mitos e verdades sobre reprodução assistida

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Especialista do Centro de Reprodução Humana Insemine, Dr. João Sabino da Cunha Filho. (Foto: Carlos Edler/Divulgação)

A reprodução assistida e suas técnicas ainda geram uma série de dúvidas para quem pensa em recorrer aos tratamentos. Talvez por isso, o assunto está permeado por diversos mitos que confundem os pacientes.

A procura pelas técnicas tem aumentado. Uma das razões para isso é que, a cada ano, as mulheres decidem ter filhos em idade mais avançada. Pesquisa feita nos Estados Unidos mostra que 42% das mulheres mais bem sucedidas do país ainda não têm filhos aos 40 anos, e apenas 14% das que concluem a faculdade já são mães.

Para esclarecer as dúvidas sobre os tratamentos, o especialista do Centro de Reprodução Humana Insemine, Dr. João Sabino da Cunha Filho, fala sobre 15 mitos e verdades que permeiam o assunto:

1. A idade da mulher é o maior fator de prognóstico para se conseguir uma gravidez.

Correto. O homem produz um espermatozoide novo a cada 60 dias. A mulher nasce com uma quantidade de óvulos – cerca de um milhão – e esse número vai diminuindo ao longo do tempo. A chance de engravidar, então, depende da sua idade. O ideal seria engravidar antes dos 35 anos. Importante lembrar que é mito dizer que o corpo feminino tem se adaptado à demora da mulher moderna para engravidar.

2. Tratamentos de reprodução assistida garantem a gravidez.

Mito. Ele serve pra restabelecer as chances. Via de regra, aumenta em cerca de 30% a cada fertilização in vitro. Não há garantia.

3. Nos tratamentos para gravidez sempre nascem gêmeos.

Mito, embora no passo fosse verdade. Hoje, é inclusive um marcador de qualidade de laboratórios de reprodução assistida. A meta que se tem na Inglaterra, por exemplo, é para que no próximo ano a ocorrência de gêmeos em caso de tratamentos para engravidar não seja maior do que 20%. Isso porque o nascer de gêmeos está associado com a prematuridade de algumas doenças em gravidez. É um parecer indesejado. E isso é controlável ao passo em que se transferem embriões de maior qualidade e em menor quantia. Aliás, existe uma normativa do Conselho Federal de Medicina que limita o número de embriões a serem transferidos.

4. Mulheres atletas, que se exercitam demais, podem ter dificuldades para engravidar.

É correto se falarmos em atletas de alto rendimento. Isso porque, nesse caso, a mulher tem uma diminuição intensa da gordura corporal e pode ficar inclusive sem menstruar. A pausa no excesso de exercícios já faz com que tudo volte ao normal.

5. Síndrome dos Ovários Policísticos (Polimicrocísticos) é sinônimo de infertilidade.

Mito. Assim como a endometriose, a Síndrome dos Ovários Policísticos é uma doença que pode estar associada à dificuldade para engravidar. Mas nem todo mundo que sofre da doença será infértil.

6. O uso da pílula contraceptiva por muitos anos pode causar infertilidade.

Mito. Não existe essa relação.

7. Um aborto espontâneo reduz as chances de a mulher engravidar novamente.

Mito. Assim como já ter filhos não garante a fertilidade para tentativas futuras.

8. A infertilidade afeta em igual proporção os homens e as mulheres.

Correto. Podemos dizer que o índice fica em 50% para cada um.

9. Usar regularmente a pílula do dia seguinte pode afetar a fertilidade.

Correto. O uso abusivo do medicamento pode provocar distúrbios hormonais que atrapalharão o ciclo menstrual. Ele é indicado apenas para casos emergenciais.

10. Um ano de tentativas sem gravidez é indicativo da necessidade de se procurar um especialista.

Correto se for o caso de mulheres com menos de 35 anos. A partir dessa idade, deve-se procurar um especialista após seis meses de tentativas.

11. Não quero ter filhos agora, congelar óvulos é uma boa opção?

Sim. Mas não é garantia. O que podemos garantir é a alta qualidade do tratamento, mas não a gravidez, já que há uma série de variáveis envolvidas.

12. Ter cólica durante a menstruação é normal.

Mito. Mulher que sofre de cólicas durante a menstruação, ou que tem ciclos irregulares, deve procurar um médico. Podem ser indicativos para alguma doença, como a endometriose ou ovário policístico.

13. Pessoas que sofrem de câncer têm diminuídas as suas chances de ter filhos.

Correto. Hoje 80% das pessoas se curam do câncer e, depois, ficam impedido de ter filhos. Então, a orientação é para que, assim que recebido o diagnóstico do câncer, procurem uma clínica para congelar seus óvulos ou espermatozoides. É um procedimento que não interfere do tratamento da doença.

14. Reprodução assistida é um tratamento caro.

Mito. Existe uma larga margem de valores que vai de custos muito baixos a outros mais altos.

15. Em técnicas de reprodução assistida, posso escolher o sexo do bebê.

Mito. Não pode escolher sexo, nem cor dos olhos ou cabelos. São normativas do Conselho Federal de Medicina.

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https://www.osul.com.br/15-mitos-e-verdades-sobre-reproducao-assistida/ 15 mitos e verdades sobre reprodução assistida 2017-06-21
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