Geral 2017 foi o ano mais seguro já registrado para viagens aéreas
Por Redação O Sul | 2 de janeiro de 2018
2017 é considerado o ano mais seguro da história da aviação porque, nesse período, não foi registrada nenhuma vítima fatal em voos de grandes companhias aéreas comerciais no mundo, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (02), em Bruxelas, na Bélgica, pela organização holandesa especializada Aviation Safety Network.
Incluindo pequenas aeronaves de mais de 14 assentos e voos de transporte de mercadorias, no ano passado foram contabilizados dez acidentes aéreos, nos quais morreram 44 pessoas em voo e 35 em terra, sobre um total estimado de 36,8 milhões de voos em todo o mundo.
Do total de aviões que se acidentaram, dois tiveram problemas durante a decolagem, três em voo, outros três na descida para aterrissar e dois durante a aterrissagem. Esses acidentes aconteceram no Quirguistão, Indonésia, Estados Unidos, Nepal, Costa do Marfim, Rússia, Tanzânia, Canadá e Costa Rica. Não há registros de acidentes aéreos fatais na Europa.
Em 2016, a Aviation Safety Network contabilizou 16 acidentes, que deixaram 303 mortos. Segundo a entidade, 2017 é “o ano mais seguro tanto em número de acidentes quanto em baixas mortais”. O raio de mortalidade aérea comercial se situa em uma morte por cada 7,3 milhões de voos, um cálculo que não computa acidentes militares e que deve ser confirmado ao longo de 2018 pelos dados da Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo).
“Desde 1997, o número de acidentes de companhias aéreas mostrou um declínio estável, em grande parte graças aos contínuos esforços em segurança das organizações da aviação internacional como Icao, Iata e Flight Safety Foundation e da indústria da aviação”, declarou em um comunicado o presidente da Aviation Safety Network, Harro Ranter.
Em 31 de dezembro de 2017, a aviação registrou um período recorde de 398 dias sem registrar acidentes com aeronaves de linhas aéreas com passageiros.
Acidente com a Chapecoense
O último acidente envolvendo um avião de uma companhia aérea com vítimas fatais foi registrado em 29 de novembro de 2016, quando 71 pessoas morreram na queda da aeronave da empresa LaMia, no qual viajava a equipe da Chapecoense. A aeronave fazia o trajeto entre Santa Cruz de la Sierra (Bolívia) e Medellín (Colômbia).
A última tragédia aérea com mais de cem vítimas mortais aconteceu em um voo da companhia russa Kogalymavia operado pela Metrojet Flight, em 31 de outubro de 2015, quando o aparelho explodiu no ar com 224 pessoas a bordo quando voava entre a localidade egípcia de Sharm El-Sheikh e a russa de São Petersburgo. Os investigadores russos concluíram, na época, que a causa mais provável do acidente havia sido a detonação em voo de “um artefato explosivo” introduzido no Airbus A321.
