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Armando Burd

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Parte da base aliada se uniu à oposição, ontem, e impôs a primeira derrota ao governo Temer. Foi rejeitada na Câmara dos Deputados a urgência para votação da proposta de renegociação das dívidas de estados com a União por mais 20 anos. Para aprovação, o requerimento precisava do voto favorável de 257 parlamentares, mas obteve 253.
Pesaram contra o projeto vários argumentos. O mais forte: as contrapartidas de exigências de ajuste fiscal dos estados que tiram direitos de servidores estaduais. Entre eles, a não concessão de reajuste e benefícios salariais a qualquer título, além da suspensão de concursos públicos.

COBERTOR CURTO
Ninguém nega a profunda crise vivida por 15 estados, que não conseguem pagar em dia os prestadores de serviços, os fornecedores e a folha do funcionalismo. A isso, acrescentam-se atrasos em repasses para os hospitais filantrópicos e o transporte escolar. O caos levou o presidente Michel Temer a propor a renegociação do pagamento da dívida com União. Houve acordo unânime, que agora enfrenta obstáculo inadmissível na Câmara.

MARÉ DEMAGÓGICA
Em ano eleitoral, parcela dos deputados federais quer fazer média com os servidores públicos que, numa postura de compreensão, admitem sacrifícios para que os Estados se reequilibrem e garantam o futuro de todos. Só os parlamentares, ilhados na torre de Brasília, não veem o abismo em que jogarão os Estados com a medida ontem adotada.

RECORTAR E GUARDAR
Osíris Lopes Filho foi secretário da Receita Federal durante o governo Itamar Franco. A franqueza em seus artigos era digna de um grande homem público. Exemplo:
“A carga tributária, isto é, a sucção cruel que impostos, taxas e contribuições provocam nos bolsos dos contribuintes e nos caixas das empresas, é, em linguagem sincera e sem sofisticação, oportunista, imoral, indecente, em suma, pornográfica. É isso, dito sem exagero, mas espelhando a realidade, exposta na sua crueza.”

CONVICÇÃO
A 7 de julho do ano passado, a Folha de São Paulo publicou entrevista com a presidente Dilma Rousseff em que afirmou: “Eu não vou cair. Eu não, eu não vou. Isso é moleza, é luta política. As pessoas caem quando estão dispostas a cair. Não estou. Não tem base para cair. E venha tentar, venha tentar.”

SEM ESMORECER
Em seu site, a Escolha Nacional de Formação do PT pede aos candidatos a prefeituras e câmaras municipais que defendam o governo Dilma durante a campanha. Difícil, não impossível.

SUJEIÇÃO
O governo do Rio de Janeiro tem esperança de firmar este mês o acordo de cavalheiros feito com as facções criminosas nos Jogos Pan Americanos de 2007. Os traficantes poderão vender drogas, desde que deixem para depois das Olimpíadas os roubos, os assassinatos e os incêndios de ônibus.

RÁPIDAS
* Abre-se embate entre os ministros Henrique Meirelles, que quer aumentar impostos, e Eliseu Padilha, contrário à mordida no bolso.
* O deputado estadual Luiz Augusto Lara dispara fogo contra os benefícios fiscais do Estado na abertura da sessão plenária de hoje.
* Antes, as campanhas eleitorais eram ricas e, para contrabalançar, as propostas pobres. Agora, há sinais de que isso vai se inverter.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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Verdade inconveniente
Hospitais filantrópicos dizem que governo deve R$ 140 milhões
https://www.osul.com.br/281113-2/ 2016-07-07
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