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Armando Burd 30 anos de momento histórico

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Ulysses Guimarães presidiu a Constituinte. Artigos ainda não foram totalmente regulamentados e críticas ao texto final persistem até hoje. (Foto: Ricardo Stuckert)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Às 14h40min do dia 22 de setembro de 1988, pela última vez, 491 constituintes apertaram os botões de suas mesas no plenário. Estava aprovada a nova Constituição Federal, substituindo a de 1967. Foram 474 votos a favor, 15 contra (todos do PT) e seis abstenções. No total, somaram 340 sessões de trabalho desde 1º de janeiro de 1987. “Chegamos, nós chegamos”, disse emocionado no microfone o presidente da mesa diretora, Ulysses Guimarães.

A promulgação ocorreu a 5 de outubro.

Quem já está eleito

Independente de quem seja o futuro presidente da República, o Centrão já ganhou. Nenhum conseguirá governar sem o apoio do conhecido conjunto de partidos que se molda às conveniências e garante apoio sem vacilar.

Fase explosiva

A duas semanas das eleições, assessores de candidatos à Presidência da República reelaboram a fórmula criada por Ascanio Sobrero em 1847. É o pai da nitroglicerina pura, que se torna o principal combustível na reta final da campanha. O poderoso explosivo, muito sensível aos choques e que produz calor e gás, será detonado com frequência diária.

Tarefas adicionais

Além de se preocupar com a saúde, Jair Bolsonaro tenta neutralizar declarações mais fortes do vice Hamilton Mourão e do consultor de Economia, Paulo Guedes.

A caminhão de 1 trilhão

A dívida total dos 26 Estados e do Distrito Federal somava, ontem à tarde, 827 bilhões de reais. Nos últimos quatro anos, subiu 28 por cento. Mesmo assim, há 186 candidatos concorrendo aos governos e dispostos a descascar o abacaxi (160 homens e 26 mulheres).

Entre os que mais inscreveram filiados para concorrer estão PSol (25), PSTU (17), PT (15), MDB e PSL (13 cada) e PSDB (12).

Dá para comparar

Fotografia do país a 22 de setembro de 1994, quando faltavam 14 dias para as eleições presidenciais: 1) havia impasse na greve de 63 mil metalúrgicos da Grande São Paulo, que atingia uma semana. Queriam maior abono para cobrir a perda salarial do mês anterior; 2) as pesquisas apontavam vantagem de mais de 20 pontos percentuais do candidato Fernando Henrique Cardoso sobre o adversário Luiz Inácio Lula da Silva; 3) durante almoço com jornalistas, Fernando Henrique disse que “não há mais notícia, a campanha acabou”; 4) Lula reconheceu, em entrevista, que errou ao criticar o Real, acrescentando que “não basta dizer que o Plano não presta”.

Visão externa

Há dez anos, o jornal francês Le Monde publicou que “o Brasil se transformou num vaudeville”, que identifica o teatro de variedades. Acrescentou: “É neste palco que o povo sofre overdose de escândalos políticos.”

Nada mudou.

Corrida contra o tempo

O governador Ildo Meneghetti, a 22 de setembro de 1958, atribuiu a atos de sabotagem o atraso no término da ponte sobre o rio Guaíba. Citou fatos como areia nos motores, a quebra de máquinas e incitação à greve dos trabalhadores. Tornou-se tema de debate na campanha ao Palácio Piratini, disputada por Leonel Brizola e Peracchi Barcellos.

Meneghetti, a 28 de dezembro do mesmo ano e seis meses antes de concluir o mandato, inaugurou a obra, que recebeu o nome de Régis Bittencourt. Como Brizola venceu a eleição, trocou em 1959 para Getúlio Vargas. A mudança, porém, nunca teve homologação do governo federal.

Medo do calote

Teste de coragem para qualquer candidato: chegar em uma gráfica e dizer que precisa de muitos impressos, mas que o pagamento só poderá ocorrer depois do dia 7. Corre o risco de ver, subitamente, cair um balde de tinta na roupa.

 

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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