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Por Redação O Sul | 25 de fevereiro de 2016
Ao menos 30 países obrigaram, de forma ilegal, refugiados a voltarem a lugares onde corriam risco de vida, informou um relatório da Anistia Internacional que analisa a situação dos direitos humanos em 160 nações. Segundo a organização, cinco desses países pertencem à União Europeia: Espanha, Holanda, Hungria, Grécia e Bulgária. Mas o documento também se refere à Rússia, Arábia Saudita, Austrália, Tuquia, Sérvia, Macedônia, entre outros, e diz que, em muitos casos, os imigrantes foram expulsos sem se dar conta que tinham o direito à proteção internacional.
“Documentamos expulsões coletivas desde Grécia, tanto por terra como por mar, em relação à Turquia, onde o sistema de proteção é muito insatisfatório. De lá, também houve casos (de pessoas enviadas de volta) à Síria ou Iraque”, explicou a coordenadora da organização para a campanha de migração, María Serrano, ao jornal espanhol El Mundo. “Isto produz uma situação de limbo. Na Sérvia e Macedônia, as ajudas aos solicitantes de asilo são deficientes, não dispõem dos sistemas de proteção adequados.”
A organização ainda acusa os governos de falta de vontade em oferecer estruturas dignas para proteger os direitos humanos dos refugiados. Mesmo reconhecendo avanços em algumas regiões, a Anistia calcula que foram registradas torturas ou maus-tratos contra os imigrantes em 122 países. Em ao menos 19 desses, foram realizados crimes de guerra ou outra violações contra eles. Além disso, a liberdade de expressão ou de imprensa foi arbitrariamente ameaçada em 113 nações. (AG)