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Por Redação O Sul | 27 de março de 2017
Um programa de computador construído pelo Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano dos EUA, (NHGRI, na sigla em inglês) consegue detectar só pela face a rara síndrome genética de DiGeorge.
Ela é conhecida por provocar fissura labiopalatina (lábio leporino), alteração da morfologia da face, defeitos no coração e também problemas de aprendizagem.
O problema (causado por uma deleção genética no cromossomo 22) é que a síndrome aparece de maneiras distintas nas diferentes etnias como a asiática, as africanas e nos povos da América Latina.
A síndrome DiGeorge é rara e afeta de 1 em cada 3.000 a 1 em cada 6.000 crianças.
Segundo o médico Paul Kruszka, do NHGRI, uma das maiores dificuldades é que os especialistas não conseguem reconhecer a doença com facilidade e o diagnóstico demora para ser confirmado.
Os pesquisadores coletaram as informações de mais de cem participantes com a doença de 11 países –e aparência variava bastante entre eles– para compor um atlas de más-formações humanas.
Além disso, usando o software que usa tecnologia de reconhecimento facial, os cientistas compararam os rostos de de 156 caucasianos, africanos, asiáticos e latino-americanos com os de pessoas sem a doença. A partir de 126 medidas diferentes da face, a taxa de diagnósticos correta chegou a 96,6%.
A ideia é os que os países que não dispõem de recursos para a realização de exames genéticos possam usar esse atlas e o software para identificar rapidamente crianças afetadas.
A tecnologia não é muito diferente daquela já utilizada em diversos aeroportos do mundo e também pelo Google e pelo Facebook para a identificação de pessoas.
A esperança é que, em um futuro próximo, baste um profissional de saúde tirar a foto do paciente para que identifique a provável síndrome genética que o acomete, seja DiGeorge, Down, Noonan e Williams, por exemplo. (Folhapress)