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Fama & TV 700 moças enviaram seu currículo para viver a personagem Gabriela Cravo e Canela

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Amanda Carvalho dança durante audição para “Gabriela”, musical baseado na obra de Jorge Amado. (Foto: Reprodução)

Amanda Carvalho, 23 anos, quer ser Gabriela, mas teme não estar à altura – nem largura – da mulher com cheiro de cravo e cor de canela, que seduz gerações desde que apareceu no livro que leva seu nome, lançado em 1958 por Jorge Amado. Com ela, setecentas meninas responderam ao chamado do diretor João Falcão – à procura de uma “jovem com mais de 18 anos, brasileira, linda e que saiba cantar”. Em novembro, o pernambucano (das peças “A Máquina” e “Clandestinos”) abriu testes para a protagonista do musical “Gabriela”, que estreia em maio no Teatro Bradesco, em São Paulo.

Amanda trocou a camiseta dos Smiths por um vestidinho brejeiro branco e tentou a sorte cantando a capela “São Salvador” (Dorival Caimmy) para Falcão e sua equipe. Ela foi uma das 50 selecionadas para as audições. Mas o que Falcão procura em sua Gabriela? “Nada objetivo. Espero é ser encontrado por ela”, diz. Só dispensa uma mímica de Sonia Braga – que entregou a mais clássica encarnação da personagem, na novela de 1975 e no filme de 1983.

É Sonia que impera no imaginário brasileiro quando se pensa na menina que “de algumas coisas gostava demais” – água fria, praia branca, goiaba e “mais do que tudo de moço bonito” – e outras de menos – como quando seu Nacib, o marido árabe que lhe botara um dente de ouro (isso achou legal), insistia que ela usasse sapato de mulher casada (preferia “chinela”) e não risse mais para “seu Tonico, seu Ari, seu Epaminondas”.

A Gabriela da novela, que causa rebuliço ao subir no telhado, de vestidinho, para pegar uma pipa, “vinha na esteira de Gal Costa. Ela já tinha o cabelão, a flor no cabelo”, afirma Falcão. O diretor era um rapazote de 17 anos quando estreou a novela com justamente ela, Gal, cantando “Modinha para Gabriela” (outra de Caymmi) na abertura: “Eu nasci assim, eu cresci assim […] Gabriéééla, sempre Gabriéééla”.

A obra será fiel aos anos 1920 do livro. A ideia de adaptá-la para os palcos veio após um produtor inglês, Kevin Wallace (indicado aos prêmios Tony, por “Jesus Cristo Superstar”, e Olivier, por “O Senhor dos Anéis”), sugerir um espetáculo original a Falcão.

O roteiro tinha favela, tinha Brasília… O diretor confessa: achou aquilo tudo “um samba do crioulo doido”. Propôs que montassem “uma história brasileira e clássica”. E “Gabriela” é “uma espécie de ‘Amarcord’ do Jorge Amado”, afirma, lembrando o clássico de Fellini.

Wallace topou, e o resto é história – ainda em construção. Falcão escolherá sua Gabriela e o resto do elenco nas próximas semanas, assim como a trilha sonora, que pode ir de Pixinguinha a Lulu Santos.

O musical “Gabriela” é um dos frutos caseiros entre várias adaptações da Broadway previstas para 2016 no País, de “Ghost” a “Wicked”. Para o diretor, eis um ciclo perigoso, no qual um espetáculo nacional “tem menos recursos, publicidade” e, consequentemente, “menos público”.

Mais ou menos como “Star Wars” nos cinemas, compara – qual distribuidor vai arriscar exibir um filme brasileiro e perder essa bocada certeira que é o blockbuster hollywoodiano? A produtora Almali Zraik, que trouxe ao Brasil “A Bela e a Fera” e “O Fantasma da Ópera”, conta que o plano é exportar “Gabriela” e “abrir portas lá fora” para mais peças daqui – isso se a alta do dólar der trégua.

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