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Brasil A Agência Nacional do Petróleo constatou que o preço do litro do diesel caiu 34 centavos depois da greve dos caminhoneiros

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A decisão de repassar o aumento para o consumidor final é dos postos. (Foto: EBC)

O preço médio do litro do óleo diesel nas bombas dos postos baixou R$ 0,34 (o que corresponde a 9%) após o encerramento da greve nacional dos caminheiros. A estimativa consta no segundo balanço realizado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), divulgado nesse fim-de-semana.

Na semana entre 3 a 9 de junho, após a paralisação da categoria, o valor médio do diesel foi de R$ 3,482, enquanto na semana anterior (27 de maio a 2 de junho), quando ainda não havia um acordo entre o governo federal e os caminhoneiros, o combustível custava R$ 3,828. Ao firmar acordo com os caminhoneiros, o governo federal previu redução de R$ 0,46 no preço do litro.

Para obter o preço médio, a ANP pesquisou quase 2,9 mil postos em todo o Brasil. O menor valor foi registrado na Região Sul (R$ 3,312), enquanto o maior valor foi constatado na Região Centro-Oeste (R$ 3,695). Nas distribuidoras, o preço médio do litro de óleo diesel caiu 8,5% na comparação entre essas duas semanas, passando de R$ 3,446 para R$ 3,154.

Outros combustíveis

Entre a semana de 3 a 9 de junho e a anterior, a mesma comparação apontou que o preço médio do litro de gasolina caiu 0,24%, passando de R$ 4,614 para R$ 4,603. Já o etanol aumentou 0,98%, de R$ 2,953 para R$ 2,982.

Na semana passada, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse que o governo federal não discute a adoção de subsídios para outros combustíveis além do óleo diesel, já anunciado pelo Palácio do Planalto em função da greve dos caminhoneiros.

Em entrevista coletiva, Almeida afirmou que a consulta pública em processo de realização pela ANP sobre mudanças na periodicidade do reajuste dos combustíveis será feita sem previsão de impacto fiscal. “Não há nenhuma discussão de subsídio para gasolina ou outros combustíveis”, afirmou.

O secretário também destacou que o governo conta atualmente com um colchão de liquidez de R$ 575 bilhões, o que deixa o Tesouro com um caixa confortável para, se necessário, cancelar leilões de títulos públicos “até que a situação melhore”. “Não temos pressão para fazer leilões de títulos”, afirmou.

O governo vende títulos de dívidas para financiar investimentos. Alguns desses títulos, com vencimentos de longo prazo, são precificados com base na taxa futura do juros. Nesta sexta-feira, 8, os juros com vencimento de dez anos estavam sendo comercializados em torno de 12%.

Mansueto disse que foi procurado pelo mercado para colocar à venda R$ 20 bilhões em títulos de longo prazo, mas que não pretende fazer isso por considerar que o mercado de juros futuros, hoje, não condiz com a realidade.

“O Tesouro não define a taxa de juros adequada, estamos sinalizando que o cenário é de inflação baixa, então não faz sentido vender título longo com taxa de 13% ao ano. Ninguém espera que o Brasil terá taxas de inflação tão altas”, afirmou.

O secretário afirmou, também, que as equipes do Ministério da Fazenda têm mantido contato semanal com o Banco Central e há “sintonia perfeita” entre os dois órgãos e a pasta do Planejamento: “Tudo que está acontecendo na economia, todos os riscos, o que é normal em ano de eleição e com o cenário externo atual. Todo o mecanismo de coordenação da equipe econômica está funcionando”.

Meta fiscal

O secretário do Tesouro Nacional disse ainda que não há risco de descumprimento da meta fiscal deste ano, que prevê déficit de até R$ 159 bilhões, após a concessão de subsídios ao preço do diesel. Segundo ele, o gasto adicional de R$ 6 bilhões poderá piorar o resultado primário, mas mesmo assim ele ficará de acordo com o objetivo fixado para o ano.

Almeida afirmou também que a arrecadação do governo tem sido um fator positivo e pode ajudar a minimizar o impacto do subsídio nas contas. “Até perto do fechamento de maio, a receita vinha tendo um bom comportamento, mesmo com a greve (dos caminhoneiros)”, disse.

Mansueto Almeida, no entanto, demonstrou preocupação para o futuro quanto a chamada “Regra de Ouro”, expediente constitucional que proíbe que o governo emita títulos de dívidas, como do Tesouro Direto, para custear as despesas correntes. Segundo ele, a regra terá que ser modificada no próximo ano.

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