Quinta-feira, 28 de março de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil A Anvisa deve regulamentar o plantio da maconha no País

Compartilhe esta notícia:

Remédios à base de cânhamo podem estar disponíveis já em 2018. (Foto: Thinkstock)

Há três anos, a fisioterapeuta e empresária Deolinda Rocha Rodrigues viu a vida da filha Jéssica, de 26 anos, mudar. Com a rara síndrome de desordem da migração neuronal, a jovem sofria convulsões diárias desde os 5 anos. Eram pelo menos cinco crises por dia, chegando a 30 quedas durante os banhos de chuveiro. Hoje, as convulsões de difícil controle cessaram. Jéssica está entre os mais de três mil pacientes brasileiros que fazem uso medicinal do canabidiol (CBD), substância extraída da Cannabis sativa.

A legislação que permite o acesso ao medicamento no país vem avançando rapidamente desde 2014 – quando a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a importação da substância pela primeira vez – e a expectativa da indústria é que remédios à base de cânhamo, planta da família da maconha, já estejam disponíveis em farmácias brasileiras com preços mais acessíveis em 2018. O plantio da Cannabis sativa para pesquisa e produção de soluções medicinais também deve ser regulamentado ainda no primeiro semestre do próximo ano, segundo a Anvisa. As informações são do jornal O Globo.

Na primeira vez, precisei trazer o CBD clandestinamente dos Estados Unidos, escondido dentro de um estojo de canetinhas hidrocores”, conta Deolinda. “A melhora cognitiva da Jéssica, mesmo com doses bem pequenas, foi imediata, e a frequência das crises convulsivas começou a cair. Mas eu tinha medo que ela passasse mal e tivesse o atendimento recusado quando o médico soubesse que ela era usuária de canabidiol.”

Com autorização da Anvisa e laudo do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, onde Jéssica passou a ser acompanhada, Deolinda conseguiu garantir a regularidade no tratamento da filha. Ela chegou a ganhar na Justiça o direito de receber o óleo de cânhamo pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas a entrega gratuita foi interrompida depois de três meses. Enquanto aguarda decisão judicial para que o Estado banque a terapia alternativa, Deolinda gasta cerca de R$ 2,4 mil por mês com a importação da substância.

Custos

Pai de Anny Fischer, de 9 anos, primeira paciente brasileira a conseguir o direito de importar legalmente o CBD, Norberto Fischer afirma que negociações com a Receita Federal e com a Anvisa já conseguiram reduzir os custos do canabidiol, ao eliminar a necessidade de contratar despachantes para retirar o remédio no aeroporto e aumentar o teto para importação sem impostos de medicamentos órfãos (sem similares no país) de U$ 10 mil (R$ 32 mil) para U$ 1 mil (R$ 3,2 mil).

“Hoje a gente recebe o produto em casa, sem pagar ICMS e imposto de importação, que chegava a 60% do valor na nota fiscal, e a própria importadora faz o desembaraço aduaneiro”, explica.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Pelo segundo ano seguido, o Brasil fechou mais empresas do que abriu
Empresas dão vantagens às pessoas que desistem dos boletos de papel e usam o débito automático para pagar contas
https://www.osul.com.br/a-anvisa-deve-regulamentar-o-plantio-da-maconha/ A Anvisa deve regulamentar o plantio da maconha no País 2017-10-04
Deixe seu comentário
Pode te interessar