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| A Apple enfrenta críticas por manter o mesmo design no iPhone 7

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Concorrentes pegam emprestado designs da Apple, e o que era icônico em seus produtos virou genérico. (Crédito: Reprodução)

Esqueça a polêmica do fim da entrada do fone de ouvido no iPhone 7 por um segundo. É bem irritante que os novos iPhones não tenham a entrada padrão. Mas você vai se acostumar.

Essa ausência está longe de ser o pior defeito do mais recente lançamento da Apple. Em vez disso, é um sintoma de uma questão profunda que afeta grande parte da linha de produtos da empresa: a estética da Apple pode estar ficando obsoleta.

Apesar dos novos recursos dos iPhones 7 e 7 Plus, incluindo resistência à água e câmeras modernas, eles são parecidos com os antigos. O novo Apple Watch também. E, à medida que os concorrentes pegam emprestado e até suplantam os melhores designs da Apple, o que era icônico em seus produtos fica parecendo genérico.

Essa, claro, é uma avaliação subjetiva e rebatida pela Apple. A empresa diz que não muda seus desenhos pelo prazer de mudar. Afinal, por que mexer em time que está ganhando – ou pelo menos, vendendo bem?

Ainda assim, designers industriais e críticos de tecnologia ficavam encantados com os lançamentos da empresa. Hoje, a perplexidade substituiu o encantamento.

Micos.

Em 2015, a Apple lançou uma capa com bateria externa para o iPhone, que fazia o celular parecer comicamente “grávido”. Já o novo controle remoto da Apple TV viola uma regra básica para esse tipo de equipamento: ele não pode ser simétrico, para que as pessoas não confundam as teclas no escuro.

Conhecida por seu design “intuitivo” de software, a Apple tem tropeçado nessa área: apesar de o Apple Watch ser muito bacana (e ter pulseiras bastante impressionantes), sua interface era tão intrigante que a Apple foi forçada a voltar para a prancheta de desenho – uma atualização deve simplificar o uso do relógio. O mesmo vale para o Apple Music, que foi totalmente redesenhado depois de ser duramente criticado pelos menus confusos.

Os erros, no entanto, vão além do design. O maior problema é a falta de prazer. Perguntei a amigos amantes de tecnologia sobre o último aparelho da Apple que os deslumbrou de verdade. A maioria ficou dividida entre o iPhone 4 e o 5 – dois modelos corajosos de smartphones que superavam qualquer outro do mercado, com notável qualidade na construção. Mas o iPhone 4 e o 5 foram lançados em 2010 e 2012. Se você precisa voltar para a última eleição presidencial para encontrar um design da Apple que realmente tenha chamado sua atenção, há algo errado.

As dificuldades da empresa nos levam a uma pergunta: o quanto o problema é ruim? Não é agudo, mas é urgente. A Apple pode não vender mais iPhones como antes, mas os clientes ainda amam seus produtos. O Apple Music tem 17 milhões de assinantes, e o Apple Watch tem vendido bem.

Longo prazo.

O perigo está na reputação a longo prazo: no ano passado, a Samsung fez um Galaxy com vidro e metal digno de iPhone. No Note 7, o design foi além, com lados curvos e tela de borda a borda. No entanto, o Note 7 sofreu um recall recente por problemas da bateria – e já que fazer um dispositivo que não exploda sugere conhecimentos de design, a Apple ainda está à frente da Samsung.

Mas os contratempos dos rivais não devem durar muito. A empresa não pode se dar ao luxo de descansar sobre os sucessos do passado. (Farhad Manjoo/AE)

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https://www.osul.com.br/a-apple-enfrenta-criticas-por-manter-o-mesmo-design-no-iphone-7/ A Apple enfrenta críticas por manter o mesmo design no iPhone 7 2016-09-27
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