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Mundo A Arábia Saudita aumentou o cerco a ativistas de direitos femininos: prisões e campanha de difamação acontecem às vésperas de liberação para mulheres poderem dirigir carros

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Mohammed bin Salman se considera reformista. (Foto: Reprodução)

O príncipe herdeiro do trono saudita, Mohammed bin Salman, apresenta-se como um reformista, defendendo igualdade para as mulheres e concedendo a elas o direito de dirigir automóveis. Mas, nos últimos dias, ativistas sauditas que exigiam exatamente isso foram detidas, acusadas pelas autoridades de minar a segurança nacional, e classificadas como “traidoras” em jornais governistas.

A intensa repressão atingiu os principais defensores de direitos femininos da Arábia Saudita, incluindo ativistas que comandaram os primeiros protestos contra a proibição décadas atrás e foram presas por isso.

As detenções surpreenderam pelo momento — acontecendo semanas antes de a proibição ser suspensa. Mas os sauditas também se impressionaram com a gravidade das acusações e os ataques profundamente pessoais contra as ativistas, cujas fotos circularam em veículos de mídia alinhados com o governo, no que foi considerado por grupos de defesa dos direitos humanos uma campanha de difamação com a intenção de silenciar a defesa de direitos femininos.

Em muitos aspectos, a atuação de feministas sauditas representa a última faísca de ativismo permitida na Arábia Saudita, uma monarquia absolutista. Algumas das metas — como a extinção do sistema que exige que mulheres obtenham a aprovação de um guardião masculino para viajarem ou se casarem — se tornaram parte das conversas diárias e não parecem cruzar os limites que as autoridades sauditas defendem com veemência quando o ativismo atinge a política.

“Voltamos à estaca zero”, afirmou à CNN a escritora e ativista Manal al-Sharif, residente em Sydney, Austrália. — Vivíamos num Estado policial, onde dizer certas coisas podia levá-lo à cadeia. Estamos vendo o mesmo padrão se repetindo agora.

Eliminação de adversários

As prisões e a campanha contra os detidos foram condenadas por grupos como Anistia Internacional e Human Rights Watch, que destacou que as prisões são parte de uma campanha mais ampla de repressão política.

“Desde 2014, autoridades julgaram praticamente todos os dissidentes pacíficos no tribunal saudita de contraterrorismo”, afirmou a Human Rights Watch em comunicado.

Ao menos publicamente, o príncipe herdeiro — que controla o país — parece estar seguindo o roteiro, afirmando numa entrevista ao programa “60 Minutes” este ano acreditar na igualdade entre homens e mulheres. “Somos todos seres humanos, e não há diferença”, afirmou ele.

Mas as detenções de defensoras dos direitos femininos dão seguimento a um padrão existente: no último ano, com o príncipe herdeiro consolidando poder, autoridades sauditas prenderam dezenas de dissidentes e potenciais inimigos, incluindo ativistas de direitos humanos, clérigos, empresários e príncipes.

As prisões e a campanha contra os detidos foram condenadas por grupos como Anistia Internacional e Human Rights Watch, que destacou que as prisões são parte de uma campanha mais ampla de repressão política.

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