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Brasil A Associação dos Delegados de Polícia e o Sindicato dos Delegados de Polícia defenderam o delegado do caso dos tiros que atingiram os ônibus da caravana de Lula e criticaram o governador do Paraná

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O Ministério Público Federal afirma que Beto Richa recebia propina das concessionárias de pedágio no Paraná. (Foto: Ricardo Almeida/ANPR)

A Adepol (Associação dos Delegados de Polícia) e o Sidepol (Sindicato dos Delegados de Polícia) defenderam o delegado Wilkinson Fabiano de Oliveira de Arruda, de Laranjeiras do Sul (PR), e criticaram o governador Beto Richa (PSDB).

Segundo eles, Richa não teria cumprido com as promessas de campanha e não soube lidar com as críticas do delegado que investiga os tiros efetuados contra a caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na última terça-feira (27).

Em entrevista à Folha de S.Paulo na quinta-feira (29), Richa afirmou que “sempre tem os esquerdopatas no meio funcionalismo”, além de acusá-lo de mentir.

Em nota, Arruda havia reclamado da falta de estrutura da Polícia Civil em razão da demora para a chegada de peritos pela precariedade do Instituto de Criminalística do Estado.

“As declarações do governador são deploráveis. Não queremos que o Paraná se transforme em um futuro Rio de Janeiro. Temos a responsabilidade de promover uma segurança pública de qualidade”, afirmou o presidente do Sidepol, Marques Rolin e Silva. “Ele conhece a realidade do Estado, mas, como político, vai tentar tapar o sol com a peneira”, criticou o presidente da Adepol, Daniel Fagundes.

Os representantes da categoria também fizeram duras críticas ao governo, apontando a presença de detentos nas delegacias de polícia e o “sucateamento” das Polícias Civil e Científica, que trabalham sem estrutura nem recursos.

De acordo com dados da Secretaria de Administração, atualmente no estado faltam 376 delegados da Polícia Civil, 693 escrivães, 190 papiloscopistas, 209 agentes em operações policiais e 1.594 investigadores de polícia.

“Embora o governador tenha falado que contratou policiais, ele não fez o dever de casa. A Polícia Civil trabalha com 50% do seu efetivo, e a Polícia Científica com, no máximo, 40%. Vale lembrar que a Polícia Científica traz provas técnicas importantes para o inquérito policial”, critica Fagundes.

Para Pedro Filipe Andrade, secretário da Adepol, a crítica do governador foi “impensada”. “O governador não teve a maturidade necessária para conviver com as críticas. Muito nos surpreende essa atitude quase impensada de atingir com essa agressividade um servidor público”, diz.

Falhas

O número de presos custodiados em delegacias de polícia atrapalha o processo de investigação, segundo as entidades. De acordo com o TCE-PR (Tribunal de Contas do Paraná), em dezembro do ano passado, dos 28.730 detentos custodiados, 10,1 mil estavam em delegacias de polícia.

Além do cumprimento de penas em carceragens, o TCE-PR apontou outras falhas na gestão do sistema carcerário: ausência de equipes para monitorar os presos em reintegração, falta de política pública e de plano de ação para o sistema carcerário e sucessivos descumprimentos do cronograma de execução das obras de ampliação das vagas do sistema carcerário.

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