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Por Redação O Sul | 12 de setembro de 2019
A atriz Renée Zellweger disse que sentiu uma “senso de responsabilidade” para retratar a cantora Judy Garland com a maior autenticidade possível em “Judy”, que foi aplaudido de pé no Festival Internacional de Cinema de Toronto na última terça-feira (10).
O filme cobre os últimos seis meses da vida de Judy em 1968, quando ela chega a Londres para uma turnê de shows de ingressos esgotados que deveria recompor suas finanças.
A americana começou a carreira como atriz e ganhou Oscar juvenil pela atuação em “O Mágico de Oz” aos 17 anos. Quando mais velha começou a se dedicar mais à carreira musical.
Em meio a uma batalha de custódia dura com seu quarto marido, e acompanhada na turnê por seu quinto e último marido, Micky Dean, interpretado por Finn Wittrock, Judy luta com a depressão, a ansiedade e o vício.
Zellweger classificou seu retrato de Judy como “uma espécie de exploração contínua” entre a figura pública da atriz e cantora famosa e suas experiências pessoais.
“Há muitos parâmetros que não são negociáveis que foram ditos em público e por meio das próprias palavras e coisas de Judy. Então você tem uma certa sensação de responsabilidade de representar isso tão autenticamente quanto possível”, disse Zellweger.
“E o resto foi bastante difícil de conhecer, porque estamos falando de momentos muito particulares que não foram divididos, e é meio que uma interpretação do que as experiências da pessoa que estava vivendo naquelas circunstâncias podem ter sido”.
Zellweger é conhecida como adepta do método de interpretação, por meio do qual continua na personagem mesmo quando a cena é finalizada – uma característica que ajudou seus colegas de elenco a habitarem o mundo de Judy também.
Sua atuação recebeu críticas positivas.
“Renée foi perfeita porque é uma grande atriz, mas ela também canta, é muito engraçada e tem um grande coração”, disse Rupert Goold, diretor do filme. “O público sente que conhece Renée de certa forma, que ela é um deles. E acho que essa é uma qualidade típica de Garland”.
Oscar
Se a exibição de Judy no Festival de Telluride já havia apontado a atriz como candidata à indicação ao Oscar 2020, Toronto apenas confirmou a força de sua atuação. Renée surpreende ao interpretar uma Judy Garland decadente, brilhando especialmente quando está no palco e também na composição de um olhar perdido, decorrente dos muitos problemas pessoais que vivencia.
Ao menos por enquanto, a principal oponente na categoria de melhor atriz aparenta ser Annette Benning, bastante elogiada por Hope Gap – também exibido em Toronto – e Lupita Nyong’o, por Nós. A lista de indicados será revelada em 13 de janeiro.
Dirigido pelo pouco conhecido Rupert Goold, Judy conta ainda com Rufus Sewell, Finn Wittrock e Jessie Buckley no elenco.