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Saúde A automedicação é perigosa e pode levar o paciente à morte

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Doses em excesso podem causar efeitos colaterais graves. (Foto: Reprodução)

A automedicação em excesso pode causar graves consequências à saúde e até levar à morte. A recomendação de especialistas é não tomar remédios sem orientação médica. O ideal, dizem, é perguntar durante a consulta quais os medicamentos se pode tomar em situações corriqueiras como dores de cabeça, corpo e queimações.

“Os perigos são os efeitos adversos que os remédios podem causar. Muitas vezes, a pessoa que indicou não é médica e leva ao desconhecimento dos efeitos colaterais”, diz Fausto Nakandakari, otorrinolaringologista do Hospital Sírio-Libanês.

Se usados incorretamente, anti-inflamatórios, por exemplo, podem causar úlcera e insuficiência renal, explica o clínico geral e geriatra Paulo Camiz, professor da USP (Universidade São Paulo) e do Hospital das Clínicas de São Paulo. “O ideal é ter precaução, pois os riscos variam de acordo com a medicação. Cada paciente tem sensibilidade diferenciada.”

Nakandakari diz que casos de consumo exagerado de algum tipo de remédio podem levar a complicações. “Mesmo um simples remédio para dor de cabeça em altas doses tem chance de causar efeitos colaterais gravíssimos.” Ele cita que as automedicações mais comuns são analgésicos, antigripais e descongestionantes nasais.

Os remédios para desentupir o nariz são um grande problema, segundo Nakandakari. “A pessoa usa o remédio e após algumas horas volta a sentir o nariz entupido. Usará novamente e isso se torna um ciclo vicioso difícil de ser quebrado.”

Esses remédios, no geral, não têm a necessidade de receita médica, o que é criticado por Camiz. “Deveria haver mais rigor das autoridades, porque, usados de forma indevida, medicamentos por conta própria podem levar à morte”, conclui.

Impactos

O brasileiro ainda tem pouco conhecimento sobre os impactos ocasionados pela automedicação e diagnose. É o que mostra uma pesquisa que constatou a prevalência de automedicação em 18,3% dos indivíduos investigados e 73,6% dos entrevistados afirmaram ter usado algum medicamento sem recomendação médica – caso eles já tivessem usado anteriormente esse mesmo produto; 73,8% declararam ter usado medicamentos não prescritos quando o medicamento já estava presente em casa; e 35,5% afirmaram ter usado alguma medicação não prescrita quando conheciam alguém que já havia tomado a mesma medicação.

As informações são do relatório “Fatores predisponentes para a prática da automedicação no Brasil: resultados da pesquisa nacional de acesso, utilização e promoção do uso racional de medicamentos”, publicado na 21ª edição do Boletim Científico. Foram entrevistadas 31.573 pessoas com idade igual ou superior a 20 anos.

O principal problema na automedicação e diagnose, aponta a professora Vera Lucia Pereira dos Santos, coordenadora do curso de Gestão da Vigilância em Saúde do Centro Universitário Internacional Uninter, é o risco de intoxicação ou uma reação alérgica. “A pessoa que se automedica já apresenta sintomas que indicam um estado alterado de saúde; se ocorrer a intoxicação pelo medicamento não indicado, o paciente pode inclusive não distinguir a reação e não procurar ajuda a tempo ou ainda ter uma reação alérgica, que poderá trazer sérias consequências”, avalia a especialista.

Por serem medicamentos que são de fácil acesso, os pacientes tendem a subestimar seus efeitos ou não seguir corretamente a prescrição da bula.

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https://www.osul.com.br/a-automedicacao-e-perigosa-e-pode-levar-o-paciente-a-morte/ A automedicação é perigosa e pode levar o paciente à morte 2018-07-15
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