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Brasil A bancada evangélica na Câmara dos Deputados barra a nomeação de Mozart Ramos como ministro da Educação

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Mozart Ramos tem longa experiência, é respeitado entre os educadores brasileiros de diversas tendências. (Foto: Ag. Senado)

A jornalista Helena Chagas comentou em sua coluna no site Os Divergentes, como a bancada evangélica no Congresso atuou para tentar barrar a indicação do professor Mozart Neves Ramos para o Ministério da Educação. Ao lados dos defensores do projeto Escola Sem Partido, o nome do diretor do Instituto Aírton Senna e ex-secretário de Educação de Pernambuco foi bombardeado logo que foi cogitado, por ter se reunido com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

“Seria um caso raro de indicação acima de conflitos ideológicos e políticos, de um professor que se destaca por sua atuação na área – e não por estar, entre os profissionais do setor, representando direita ou esquerda. Mozart Ramos tem longa experiência, é respeitado entre os educadores brasileiros de diversas tendências, foi presidente do Movimento Todos pela Educação, professor e reitor da Universidade Federal de Pernambuco”, disse Helena.

Ela questiona ainda se o presidente eleito resistirá à pressão dos evangélicos para barrar Mozart. “O episódio será ilustrativo em relação ao que se deve esperar do governo Jair Bolsonaro, deixando claro se as forças do obscurantismo vão se sobrepor sempre aos critérios de competência e profissionalismo”, finalizou.

Problemas

Os evangélicos apontaram dois problemas. Disseram que Mozart não se identifica com o Escola Sem Partido, plataforma defendida por Bolsonaro e pelos religiosos, e que também não seria contra o que chamam de ideologia de gênero.

Os integrantes da frente ainda disseram que, se Mozart for oficializado, representará uma quebra à plataforma com a qual Bolsonaro se elegeu. Eles levaram o recado a Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que será o chefe da Casa Civil na próxima gestão.

“Não há afinidade ideológica. A bancada evangélica não vai respaldar um ministro que não tenha afinidade. Dois temas cruciais para a bancada são o Escola Sem Partido e a ideologia de gênero”, disse o deputado Ronaldo Nogueira (PTB-RS), ligado à Assembleia de Deus.

Onyx tentou acalmar os aliados – Bolsonaro têm o apoio dos evangélicos – e disse que o martelo sobre a indicação de Ramos ainda não foi batido.

Bolsonaro disse estudar para o ministério o procurador Guilherme Schelb. “Eu vou conversar hoje [quinta-feira] com o senhor Guilherme Schelb também. A gente conversa para tomar decisão lá na frente. É um ministério importantíssimo, como outros, e é ali que está o futuro do Brasil”, disse o presidente eleito.

Schelb é procurador regional da República no Distrito Federal e tem bandeiras comuns a Bolsonaro e à bancada evangélica, como a proibição de que escolas discutam temas como gênero e sexualidade.

tags: educação

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