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Futebol A Bélgica mereceu vencer por mudança tática que o Brasil demorou a entender

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Lukaku (foto) e De Bruyne infernizaram a zaga brasileira. (Foto: Reprodução)

A Bélgica tem um time muito forte, mas não é justo dizer que foi o primeiro teste real do Brasil. Pensar assim é não entender por que a Bélgica está na semifinal. Porque faz parte de uma elite muito mais ampla, com 72% dos jogadores presentes à Copa jogando em ligas do exterior.

Houve um erro de diagnóstico da comissão técnica no início da partida. Havia o entendimento de que De Bruyne continuaria jogando como segundo volante e que como marca pouco, o Brasil poderia usar o funil às suas costas.

Só que Roberto Martínez inverteu Fellaini com De Bruyne, o que estava claro desde que as primeiras prévias começarem a aparecer. De Bruyne destruiu o jogo. Deu o passe para Fellaini finalizar a jogada que resultou no escanteio. Cobrado, virou gol da Bélgica, contra de Fernandinho.

De Bruyne seguiu por mais 20 minutos solto e foi dele o segundo, marcado aos 30 minutos, contra-ataque cantado. De Bruyne era o jogador mais avançado quando a Bélgica se defendia. Quem fechava os lados eram Lukaku e Hazard. Chadli, conhecido como um jogador com características de ponta, foi um verdadeiro meio-campo. Sem a bola, no chamado momento defensivo, os belgas se alinhavam num 4-3-3.

Esse posicionamento foi um baita elemento surpresa de Martínez em Tite. Se você olha a escalação, imagina Lukaku colado nos dois zagueiros. Afinal, ele é alto e forte. Tem porte de um centroavante. Mas o que se viu foi De Bruyne naquela região. Só que com a posse de bola, ele circulava bastante. Saía da zona dos zagueiros e procurava receber nas costas dos volantes. Com isso, ele confundia a defesa do Brasil: se circulava pelo lado, atraía o lateral. Por dentro, quem vinha marcá-lo era Thiago Silva, e não Fernandinho. Esse movimento fazia a linha defensiva do Brasil, que sempre marcou por setor, se quebrar durante o jogo.

Quem olha a escalação imagina dois centroavantes jogando dentro da área. É possível afirmar que Thiago Silva e Miranda estavam esperando para ficarem colados em Lukaku e Hazard o tempo todo. Mas a Bélgica escolheu deixar os dois zagueiros livres. Sabia da força deles na Copa inteira. Lukaku e Hazard procuravam infiltrar às costas dos laterais. Caíam pelo lado, corriam e recebiam a bola já com Marcelo e Fagner atrás, correndo.

Fernandinho nunca foi um jogador que ganhou grandes duelos individuais. Tem na articulação e posicionamento seus grandes fortes. Mas o jogo pedia força física. Não cabe uma avaliação apenas individual aqui. A questão é o contexto. O erro não é do Fernandinho, é de todo o coletivo. Observe como, no desenrolar da jogada, ele faz o papel dele e vai pressionar Lukaku. Não consegue. Deixa a marcação para Paulinho, muito mais forte e que ganha vários duelos assim. Mas o camisa 15 também perde o tempo da bola, e a jogada cai nos pés de De Bruyne.

Brasil valente

No entanto, das quatro eliminações precoces da Seleção Brasileira, esta foi a mais valente. Está claro. O Brasil teve 57% de posse de bola, 66% no segundo tempo, chutou 26 vezes, sofreu oito finalizações. A estatística que conta é: Brasil 1 x 2 Bélgica. O Brasil vem mostrando sua evolução.

tags: Brasil

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https://www.osul.com.br/a-belgica-mereceu-vencer-por-mudanca-tatica-que-o-brasil-demorou-a-entender/ A Bélgica mereceu vencer por mudança tática que o Brasil demorou a entender 2018-07-06
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