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Geral A Boeing tem um trabalhador “metade humano, metade robô”

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Mecânicos da fabricante de aviões estão usando um exoesqueleto para terem maior produtividade. (Foto: Reprodução)

A Boeing passou a contar com a ajuda de um novo tipo de trabalhador para ajudar a cumprir a tão alardeada meta de entregar 14 aviões 787 Dreamliners por mês: um funcionário metade humano, metade robô.

O maior fabricante mundial de aeronaves está equipando seus mecânicos com exoesqueletos. Os equipamentos são similares aos usados por cinegrafistas para cruzarem com rapidez as laterais dos campos de futebol americano durante os jogos, ganhando mais força e velocidade. O aparato high-tech também ajuda a reduzir o cansaço em consequência a tarefas repetitivas, como fazer perfurações em altura acima da cabeça do funcionário.

“Você tem as capacidades de um robô e de um humano combinadas”, explicou Christopher Reid, técnico da Boeing que já atuou desenhando trajes espaciais para a Nasa, à agência Reuters em uma visita à fábrica da companhia.

A nova tecnologia é exemplo de uma guinada mais ampla da indústria com foco na produção, em um momento em que os fabricantes de aviões encaram o desafio de terem bom desempenho em meio a um aumento recorde no volume de encomendas. Após uma década com Boeing e Airbus entregando pedidos em massa puxados pela expansão da China e de mercados emergentes, o principal gargalo do segmento foi deslocado da participação de mercado para a estratégia de produção.

Nas fábricas gêmeas da Boeing localizadas nos estados da Carolina do Sul e de Washington, a empresa também planeja em breve utilizar uma chave-inglesa inteligente, equipada com Bluetooth e capaz de sinalizar se os mecânicos estão apertando as porcas de forma correta, e já adotou plataformas de trabalho autônomas para reduzir o tempo na linha de montagem das aeronaves, segundo fontes.

O investimento nessas tecnologias vai ajudar a fabricante americana a acelerar a produção do 787 Dreamliner de 12 para 14 por mês. Dennis Muilenburg, diretor executivo da Boeing, anunciou a mudança na última quarta-feira, que estima estar completa no segundo trimestre de 2019.

Construir o novo Dreamliner com estrutura de carbono nesse ritmo é um pilar central do esforço da Boeing para elevar as margens de lucro e recuperar o custo de produção diferenciado enquanto compete com a rival europeia Airbus em um disputado, mas lucrativo, mercado de aeronaves de grande porte.

Custo

A Boeing entrega um novo 787 a um preço mínimo de tabela de US$ 239 milhões a cada 1,75 dia. No ritmo de 14 aviões por mês, um Dreamliner será feito em um dia e meio.

A companhia avalia que os exoesqueletos — que custam entre US$ 4.500 e US$ 7 mil cada — aceleraram o tempo para realizar tarefas em testes feitos por grupos de mecânicos de sua fábrica da Carolina do Sul, embora não divulgue números. Se a experiência continuar a mostrar maior segurança e produtividade, a Boeing diz querer que o equipamento seja usado por milhares de seus trabalhadores dentro dos próximos dois anos.

Nas últimas semanas, a companhia adotou também um adotou plataformas de trabalho autônomas, desenvolvidas pela própria Boeing, parecidas com andaimes, que abraçam um componente da aeronave, permitindo que os mecânicos mecânicos trabalhem ao mesmo tempo em que a estrutura se move pela linha de montagem. Antes, as estações de trabalhos precisavam ser deslocadas com o auxílio de empilhadeiras.

 

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https://www.osul.com.br/a-boeing-tem-um-trabalhador-metade-humano-metade-robo/ A Boeing tem um trabalhador “metade humano, metade robô” 2019-02-03
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