Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 24 de maio de 2016
A China já é conhecida por censurar sua internet, limitando o que a população pode ver ou dizer a canais controlados pelo governo. Mas a ingerência de Pequim não termina aí. O governo também usa um número incalculável de pessoas para aplaudir sua atuação em fóruns e redes sociais.
Agora, um novo estudo mostra que elas estão mais próximas do governo do que se imaginava. Segundo a pesquisa, as legiões de comentaristas on-line não são indivíduos que ganham por postagem. A maioria é formada por funcionários públicos que devem pregar os princípios do Partido Comunista Chinês em redes sociais enquanto desempenham suas funções no departamento de impostos local ou em uma seção da prefeitura.
Eles também são incrivelmente prolíficos. O estudo, divulgado neste mês por Gary King, de Harvard, Jennifer Pan, de Stanford, e Margaret E. Roberts, da Universidade da Califórnia em San Diego, estima que o governo chinês fabrica e publica por ano aproximadamente 488 milhões de posts nas redes do país, ou cerca de uma em cada 178 postagens nos círculos sociais e em sites.
As mensagens geralmente são escritas em torno de fatos políticos delicados, como protestos ou eventos políticos nacionais, e muitas vezes se destinam a distrair o público das más notícias.
(Folhapress)