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Por Redação O Sul | 20 de junho de 2019
O BC (Banco Central) só poderá reduzir os juros básicos da economia após a aprovação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. A avaliação é da CNI (Confederação Nacional da Indústria), que cobrou engajamento do governo para mudanças na legislação que reduzam os gastos públicos. As informações são da Agência Brasil.
Pela décima vez seguida, o Banco Central (BC) manteve a taxa Selic em 6,5% ao ano, no menor nível da história. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) está marcada para o fim de julho.
“A decisão mostra a cautela do Banco Central em relação à tramitação da reforma da Previdência e aos possíveis impactos sobre as variáveis econômicas, como o câmbio, o déficit nas contas públicas e o investimento”, informou a CNI em comunicado.
Para a entidade, existe um ambiente favorável à redução dos juros porque a inflação continua abaixo da meta e porque a economia segue com crescimento baixo. “No plano doméstico, diminuíram as pressões sobre os preços e a inflação continua abaixo da meta, e as dificuldades de recuperação da atividade indicam que a economia crescerá menos de 1% neste ano. Além disso, o desemprego continua alto, o que compromete o consumo das famílias”, ressaltou a confederação.
De acordo com a CNI, no cenário internacional, a desaceleração da economia mundial estimula o corte de juros em países emergentes, como o Brasil, antes mesmo de o Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, voltar a cortar as taxas. “A queda dos juros é fundamental para estimular os investimentos, o consumo e, consequentemente, o crescimento econômico e a criação de empregos”, conclui o comunicado.
Índice de Confiança do Empresário
O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) alcançou 56,9 pontos em junho. A alta de 0,4 ponto em relação a maio interrompe uma série de quatro quedas consecutivas do indicador, que está 2,4 pontos acima da média histórica (54,5 pontos). As informações são da pesquisa divulgada na quarta-feira (19) pela CNI.
Os indicadores do ICEI variam de zero a cem pontos. Quando estão acima dos 50 pontos indicam empresários confiantes.
Segundo a CNI, o índice deste mês é 7,3 pontos superior ao de junho do ano passado, quando o otimismo dos empresários foi fortemente afetado pela greve dos caminhoneiros.
De acordo com a pesquisa, o otimismo é maior nas grandes empresas, segmento em que o índice de confiança de junho ficou estável em 57,6 pontos. Nas médias, o índice subiu um ponto em relação a maio e alcançou 56,7 pontos. Nas pequenas, o índice cresceu 0,7 ponto e ficou em 55,8 pontos.
Esta edição do ICEI foi feita entre 3 e 12 de junho, com 2.400 empresas. Dessas, 940 são pequenas, 898 são médias e 562 são de grande porte.