Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil A confiança da indústria brasileira teve a primeira queda trimestral em quase dois anos

Compartilhe esta notícia:

Com empregos criados e mais investimentos, o setor produtivo foi o último a reagir, mas continua longe de recuperar o vigor de antes da crise. (Foto: Agência Brasil)

O ICI (Índice de Confiança da Indústria), divulgado nesta quinta-feira (27) pela FGV (Fundação Getulio Vargas), recuou 3,6 pontos em setembro, para 96,1 pontos – o menor desde outubro de 2017 (95,9 pontos). Com o resultado, o ICI fecha o terceiro trimestre em 98,6 pontos, registrando queda de 2,1 pontos em relação ao trimestre anterior – a primeira queda desde o quarto trimestre de 2016.

“A magnitude da queda da confiança em setembro pode ser associada à volatilidade intrínseca ao período eleitoral. Porém, a disseminação negativa por quase 75% dos segmentos e por todos os indicadores que compõem o ICI reforçam a percepção de deterioração dos negócios pelo setor, com efeitos que podem perdurar no quarto trimestre”, afirma Tabi Thuler Santos, coordenadora da Sondagem da Indústria da FGV IBRE.

Queda disseminada

Em setembro, o ISA (Índice da Situação Atual) caiu 2,7 pontos, para 95,2 pontos, a segunda queda consecutiva. Com queda mais acentuada, de 4,3 pontos, o IE (Índice de Expectativas) atinge 97,1 pontos e retorna ao nível moderadamente baixo (abaixo de 100 pontos) que havia deixado para trás no início deste ano.

Tanto o ISA quanto o IE apresentaram queda difusa: na situação atual, atingiu 12 dos 19 segmentos; nas expectativas, 14 de 19. Em termos agregados, houve piora da confiança em 14 dos 19 segmentos industriais pesquisados e em todos os quesitos que compõem o ICI.

O indicador que mede a percepção sobre a situação atual dos negócios foi a principal influência na queda do ISA em setembro, com recuo de 3,4 pontos, para 93,5 pontos. O percentual de empresas considerando bom o ambiente de negócios caiu de 18% para 16,1%, enquanto a parcela que o considera fraco subiu de 22,6% para 23,6% do total.

As expectativas dos empresários sobre a produção nos próximos três meses foram o principal componente que influenciaram o recuo do IE no mês. O indicador caiu 8,1 pontos, para 98,4 pontos, menor nível desde janeiro (98). Houve diminuição da proporção de empresas prevendo aumento da produção, de 43,7% para 36,6%, e aumento da parcela das que esperam redução, de 17,7% para 23,1% do total.

O Nuci (Nível de Utilização da Capacidade Instalada) avançou 0,9 p.p. (ponto percentual) em setembro, para 76,9%. Mesmo com esse resultado, o Nuci fecha o terceiro trimestre em 76,2%, 0,2 p.p. abaixo do registrado no segundo trimestre.

Comércio

O ICOM (Índice de Confiança do Comércio) da Fundação Getulio Vargas caiu 1,2 ponto em setembro, ao passar de 89,9 para 88,7 pontos, o menor valor desde agosto de 2017 (84,4). Em médias móveis trimestrais, o indicador recuou pelo quinto mês consecutivo (-0,3 ponto).

“A nova queda da confiança do comércio em setembro parece refletir a incerteza em relação ao ritmo esperado para a economia nos últimos meses do ano”, avaliou Rodolpho Tobler, coordenador da sondagem do comércio da FGV/IBRE.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

A inflação do aluguel aumentou em setembro
A Petrobras pagará quase 4 bilhões de reais para pôr fim à investigação da Operação Lava-Jato nos Estados Unidos
https://www.osul.com.br/a-confianca-da-industria-brasileira-teve-a-primeira-queda-trimestral-em-quase-dois-anos/ A confiança da indústria brasileira teve a primeira queda trimestral em quase dois anos 2018-09-27
Deixe seu comentário
Pode te interessar