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Brasil A cunhada do ex-tesoureiro do partido diz que “nada sabe” sobre as propinas do PT

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Marice Correa Lima é cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto,. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Presa na Operação Sem Fundos, 56ª fase da Lava-Jato, a administradora de empresas Marice Correa Lima, cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, prestou depoimento à PF (Polícia Federal) e declarou que “nada sabe” sobre supostas propinas ao PT. Os repasses são alvo da Sem Fundos, deflagrada na sexta-feira (23), que investiga suposto esquema de corrupção ligado à construção da Torre Pituba, sede da Petrobras em Salvador. Os investigadores afirmam que as empreiteiras OAS e Odebrecht distribuíram propinas de R$ 68 milhões ao PT e a ex-dirigentes da Petrobras e do fundo de pensão Petros.

À PF, a cunhada de Vaccari declarou que trabalhou no PT entre 2002 e 2005, como administradora do partido. Marice disse que não intermediou pagamento de vantagens indevidas no âmbito das obras da Torre Pituba.

“Nada sabe a respeito de pagamento de vantagens indevidas para o PT na construção da Torre Pituba em Salvador”, afirmou Marice, que é defendida pelo criminalista Cláudio Pimentel.

Na decisão que mandou prender Marice, a juíza federal Gabriela Hardt afirma que ela “atuou como operadora do Partido dos Trabalhadores, arrecadando significativas quantias de vantagens indevidas”.

Segundo a magistrada, a cunhada de Vaccari “foi responsável por receber pessoalmente em sua residência as vantagens indevidas pagas em espécie para o Partido dos Trabalhadores, parte delas entregues por Alberto Youssef (doleiro e delator da Lava-Jato)”.

“Foi identificado o repasse de vantagens ilícitas ao Partido dos Trabalhadores, sob coordenação da operadora Marice Correa, por meio de 5 doações partidárias, no total de R$ 1,72 milhão, mais outras 4 entregas em espécie para ela mesma, em sua residência, no total de R$ 1,1 milhão”, apontou a juíza.

Durante o depoimento, a PF questionou Marice sobre o recebimento de valores em espécie em sua casa. A cunhada de Vaccari disse que não recebeu o dinheiro.

“Esclarece a declarante que já foi ouvida a respeito desses fatos, inclusive participou de acareação com Alberto Youssef na Superintendência do Paraná no ano de 2015 acerca dos mesmos fatos que estão sendo questionados nesta ocasião”, afirmou.

“Inclusive naquela ocasião Alberto Youssef, mesmo como colaborador, negou ter feito entrega de valores na residência da declarante.”

Esta é a segunda vez que Marice é presa pela Lava-Jato. Em 2015, foi capturada por engano, ao ser confundida com a irmã Gilseda em imagens de segurança de uma agência bancária fazendo transferências de valores.

A operação, deflagrada pela juíza Gabriela Hardt da 13ª Vara Federal de Curitiba, é a primeira feita com base na delação de funcionários da OAS. Eles integravam o departamento de propina da empreiteira, semelhante ao que existia na Odebrecht. Os pagamentos feitos por meio de Marice foram relacionados em planilhas e, em alguns casos, havia a indicação de que era a pedido de JV – iniciais atribuídas pelos delatores a João Vaccari.

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