Quinta-feira, 28 de março de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil A decisão do ministro do Supremo Alexandre de Moraes de censurar uma revista aumenta a divisão entre os ministros da Corte

Compartilhe esta notícia:

O STF anulou a condenação imposta por Moro ao ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil Aldemir Bendine. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

A decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes de mandar a revista eletrônica Crusoé tirar do ar uma reportagem sobre o presidente da Corte, José Dias Toffoli, aumentou as críticas que os seus colegas Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Rosa Weber vinham fazendo, nos bastidores, ao inquérito aberto pelo presidente do STF para apurar ataques ao tribunal.

O ministro Celso de Mello também protestou, ainda que mais comedidamente, de acordo com informações divulgadas pela revista Época.

General

O general da reserva Paulo Chagas atribuiu a operação da PF (Polícia Federal) deflagrada na terça-feira (16), ordenada pelo STF no inquérito sobre ataques contra a Corte, à possibilidade de o presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, e os seus colegas terem cometido irregularidades. Ele disse que Toffoli mandou abrir inquérito sobre supostas ofensas e ameaças aos ministros, embora seus “conhecidos e grandes juristas brasileiros se manifestem na imprensa dizendo que ele não tinha esse poder”.

A investigação é conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes. Chagas foi alvo de busca e apreensão na operação da PF. “Não faço crítica à ação em si, mas à atitude defensiva dele, que, para mim, demonstra que está se defendendo para esconder alguma coisa. A melhor defesa é o ataque. Então, resolveu atacar para se defender”, declarou Chagas.

O general ponderou que suas suspeitas são como cidadão e que não conhece provas sobre eventuais irregularidades cometidas pelos ministros. “Para mim [a operação] é o melhor indício de que existe alguma coisa. Não tenho dúvida, no sentido pessoal da dúvida.”

O general criticou o que chama de aparelhamento do Supremo pelos governos do PT e os antecessores. “Cada um [governo] botou lá aquele que defendia seus próprios interesses. Conhecimento jurídico, o elevado conhecimento jurídico, foi deixado como segundo critério. O primeiro critério é a identificação ideológica”, disse. Para ele, esse suposto aparelhamento se reflete agora na postura do Supremo diante de investigações contra políticos e altas autoridades do País.

“Na hora em que sai uma Operação Lava-Jato e começam a aparecer os podres, todo mundo quer se proteger no STF. Isso é outro indício de que alguma coisa não está certa”, comentou, acrescentando que os investigados deveriam “fugir do Supremo”, mas que ocorre o contrário. “A Corte deveria ser a mais rigorosa. Aparentemente, para um cidadão comum, como eu, parece que a Suprema Corte é um abrigo para o crime do colarinho branco.”

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

O inquérito do Supremo que determinou censura a duas publicações é “escalafobético e teratológico”, disse o líder de procuradores
Presidente do Senado gasta um milhão de reais em gráficas de Brasília, mas não diz o que imprimiu
https://www.osul.com.br/a-decisao-do-ministro-do-supremo-alexandre-de-moraes-de-censurar-uma-revista-aumenta-a-divisao-entre-os-ministros-da-corte/ A decisão do ministro do Supremo Alexandre de Moraes de censurar uma revista aumenta a divisão entre os ministros da Corte 2019-04-17
Deixe seu comentário
Pode te interessar