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Brasil A defesa de Lula pediu que ele continue preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba

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Nessa segunda-feira, o ex-presidente completou um mês no local. (Foto: Reprodução)

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolou um pedido para que ele permaneça preso na carceragem da sede da PF (Polícia Federal) em Curitiba (PR) e não seja transferido, conforme foi solicitado à Justiça por representantes da própria Superintendência do órgão na capital paranaense.

Os advogados do líder petista – que nessa segunda-feira completou um mês de reclusão no local – também reivindicam que, se alguma transferência ocorrer, que ao menos Lula tenha como novo “endereço” para uma “Sala de Estado Maior, em instalações militares situadas no raio da Grande São Paulo”.

Em um ofício encaminhado do final do mês passado à juíza Carolina Lebbos, da execução penal, policiais federais curitibanos pediram a transferência do ex-presidente para um estabelecimento prisional “adequado ao cumprimento da sentença imposta”.

O argumento para a solicitação é de que a presença do líder petista no prédio da Superintendência tem causado não apenas transtornos mas também despesas elevadas. De acordo com os delegados, o custo aos cofres públicos já é de aproximadamente R$ 300 mil em um mês – fato que a defesa de Lula rebate com a informação de que esse tipo de gasto continuará mesmo que seja escolhido uma nova carceragem.

Sérgio Moro

O pedido da defesa para que Lula permaneça onde está menciona trechos da decisão do juiz federal Sérgio Moro que determinou a prisão do ex-presidente por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP). No texto da pena (que em janeiro seria aumentada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, fixando uma pena de 12 anos e um mês de cadeia), o magistrado afirma que “uma espécie de Sala de Estado Maior” havia sido previamente preparada na Superintendência “em razão da dignidade do cargo já exercido pelo réu”.

Chamado a se manifestar, o MPF (Ministério Público Federal) também já apresentou um parecer contrário à transferência do ex-presidente.

Condições

As condições em que o ex-presidente Lula cumpre a sua sentença são definidas como “austeras, porém flexíveis” por parte de alguns de seus interlocutores. Isso inclui a possibilidade de assistir televisão, tomar sol e ler – no momento, ele estaria apreciando o famoso romance “O Amor nos Tempos do Cólera”, do colombiano Gabriel García Márquez.

Aos 72 anos, o político que governou o País por dois mandatos consecutivos (2003-2010) está confinado em um espaço de 15 metros quadrados, especialmente preparado para ele na sede da Polícia Federal em Curitiba. Ele está isolado dos outros 22 presos do edifício.

Com um televisor de plasma (de sua propriedade), banheiro particular e uma mesa com cadeiras, Lula não tem horários. Mas ele costuma se levantar às 7h, toma café da manhã enquanto acompanha os telejornais, caminha pela sala para se exercitar e pode sair para tomar banho de sol durante duas horas por dia, quando desejar.

Até agora, ele já recebeu a visita de familiares e advogados, além de fieis aliados como a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente nacional do partido, e do ex-governador da Bahia Jaques Wagner. E a prisão não é um fato totalmente novo para Lula: em 1980, ele chegou a ficar 31 dias na cadeia, por liderar uma greve maciça de metalúrgicos durante o último governo da ditadura militar.

Apesar de permanecer atrás das grades previsivelmente por um tempo muito maior, Lula continua liderando as pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais, com 31%, à frente do deputado federal Jair Bolsonaro.

 

 

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https://www.osul.com.br/a-defesa-de-lula-pediu-que-ele-continue-preso-na-superintendencia-da-policia-federal-em-curitiba/ A defesa de Lula pediu que ele continue preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba 2018-05-07
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