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Fama & TV A Disney está desenvolvendo robôs para substituir os dublês em seus filmes

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Humanoide pode voar e pular como os super-heróis nos filmes. (Foto: Divulgação)

Se alguém apostasse, algum tempo atrás, qual tecnologia seria capaz de substituir o trabalho dos dublês, provavelmente a resposta seria: “animação gráfica”. Mas a Disney está mostrando que esse não será necessariamente o caminho.

A empresa norte-americana está criando robôs que conseguem voar e pular da mesma forma que os personagens de super-heróis nos filmes. O objetivo inicial é usá-los nos parques temáticos, mas a tecnologia pode acabar sendo usada em filmagens no futuro.

Um relatório da empresa de consultoria TechCrunch mostra os avanços que a empresa fez na robótica. Os engenheiros da Disney conseguiram desenhar robôs humanoides (em forma humana) equipados com sensores internos. Eles são capazes de ajustar sua posição em pleno voo, mantendo poses clássicas de super-heróis, por exemplo.

Morgan Pope, um dos cientistas envolvidos no projeto Stuntronic (uma brincadeira com a palavra “stunt”, que significa “dublê”, em inglês), afirma que, de perto, alguns robôs não se parecem realistas o suficiente e nem obviamente falsos. Em movimento, no entanto, isso muda. Tony Dohi, um dos desenvolvedores, explica:

“Nós acabamos percebendo que muitos dos nossos personagens estão fazendo cenas muito ativas, sejam os de Star Wars, da Pixar ou os da Marvel, mas ainda não temos isso representado nos parques de diversões”.

Detalhes

O modelo de dublê robótico desenvolvido pelo laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento da Disney (conhecido como “Imagineering”) pode executar saltos de 18 metros no ar, dentre outras façanhas. Para isso, o equipamento utiliza uma combinação de raios-laser, acelerômetros e giroscópios para rastrear e ajustar sua posição no ar, com o objetivo de imitar as ações de um verdadeiro dublê.

No ano passado, a Boston Dynamics exibiu um robô similar, chamado Atlas, projetado para realizar missões de busca e resgate. O dublê humanoide da Disney pesa cerca de 40 quilos e começou como um robô muito mais simples, chamado “Stickman”, antes de chegar à versão atual do projeto. A Disney informou que ainda não tem uma previsão de quando o público poderá ver seus robôs acrobáticos atuando no cinema.

Profissionais

Em 2016, o longa de ação ficcional “Mad Max: Estrada da Fúria” recebeu dez indicações ao Oscar, emplacando as principais categorias técnicas do prêmio da Academia. E seria uma indicação certa em mais uma categoria, caso existisse: coordenação de dublês, representados por uma associação que segue batalhando para esse trabalho ser reconhecido pela principal premiação de cinema do mundo.

“Há quase 90 anos, a Academia tem discriminado descaradamente os dublês e sua contribuição ao meio que todos amamos e pelo qual damos o sangue literalmente”, disse na época Jeff Wolfe, vencedor do Emmy por “Revolution” e presidente da Associação dos Dublês de Cinema. Ele ressaltou que a sua classe não discrimina ninguém por raça ou gênero, e que seu trabalho é essencial para a realização cinematográfica: “Afinal, o que seria da maioria dos filmes sem a ação?”.

Por tudo isso, a comunidade que representa os dublês protestaram em Beverly Hills, em prol de algo que é realmente muito válido. “Dos estágios iniciais de arquitetura das sequências, ensaiando a ação e filmando o produto final em que se transforma o icônico filme, o longa de ação não existiria sem a visão de um coordenador de dublês”, disse Jack Gill, profissional veterano reconhecido por seu trabalho na franquia “Velozes & Furiosos”.

“Já é hora de a Academia dar um passo rumo ao século 21 e criar uma categoria no Oscar para os coordenadores de dublês que contribuem em grande parte ao processo cinematográfico”, completou Gill, participante ativo dos reincidentes pedidos. A última vez que o Oscar recusou o pedido foi em 2011. No ano seguinte, a associação encaminhou nova solicitação e nem obteve resposta.

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