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Brasil A economia brasileira avança, apesar da política

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Não há crescimento sustentado sem que a política garanta estabilidade a investidores e consumidores. (Foto: EBC)

No espaço da política brasileira há um alto vozerio, mas no da economia existe uma safra de boas notícias. Não seriam espetaculares em um país normal, mas os tênues sinais de vida já causam um mínimo de distensão em uma nação que sofreu a maior recessão já registrada em sua história (um tombo superior a 7% em 2015-2016), mal consegue sair do ciclo de virtual estagnação e na qual o crescimento anual do PIB (Produto Interno Bruto) não passa do 1%.

A manutenção da taxa de desemprego em 11,8%, no trimestre encerrado em setembro, que expressa uma população de 12,5 milhões de pessoas sem trabalho, indica pelo menos alguns movimentos positivos abaixo do índice. Há mais pessoas procurando emprego, saídas do desalento, e que, segundo as normas técnicas, passam a ser captadas pela pesquisa como desempregadas. Mesmo assim, a taxa se mantém no mesmo lugar.

“É verdade que razoável parcela dos empregos preenchidos é de informais, sem garantias, e com remuneração baixa. Mas é assim que um ciclo de aumento da oferta de postos de trabalho começa, principalmente depois da profunda recessão por que se passou, seguida da estagnação”, ressalta um editorial publicado neste fim de semana pelo jornal “O Globo”.

O empregador não se sente seguro para assinar carteiras de trabalho, comprometendo-se com um pesado custo trabalhista. Em comparação com o mesmo trimestre de 2018, aumentou em 1,5 milhão o contingente de pessoas ocupadas. Sintomático que, no ano passado, tenha caído a parcela da população economicamente ativa que contribui para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), ou seja, os trabalhadores formais.

Por esse motivo, o governo de Jair Bolsonaro prepara uma medida para incentivar a contratação de jovens inexperientes, com a redução de 30% desses encargos. Não é o ideal, dizem alguns especialistas, pois o melhor seria cortar este custo sem transferi-lo para o Tesouro Nacional.

Isso depende de reformas a serem submetidas ao Congresso Nacional, o que demanda tempo de negociação, portanto parece não haver uma alternativa melhor. O dinheiro da nova medida viria do corte de despesas da Previdência, a partir de um pente-fino em benefícios do segmento, um campo fértil para fraudes.

Mercados

Os mercados financeiros procuram se antecipar às mudanças de fase da economia. A perspectiva da retomada do crescimento brasileiro, mesmo que ela venha ser ainda lenta, já foi detectada, e a aprovação da reforma da Previdência reforçou a percepção

O risco-país do Brasil, acompanhado pela cotação do CDS (Credit Default Swap), uma espécie de “seguro contra calotes”, tem caído sucessivamente. Na terça-feira, chegou a 117 pontos, o mais baixo patamar desde maio de 2013, quando o Brasil ainda ostentava o carimbo de bom pagador (“grau de investimento”). No mesmo dia, a cotação da Argentina era 4.412 pontos, líder do ranking.

Não se deve, porém, achar que possa haver crescimento sustentado e duradouro sem que a política garanta estabilidade e segurança aos investidores e consumidores.

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https://www.osul.com.br/a-economia-brasileira-avanca-apesar-da-politica/ A economia brasileira avança, apesar da política 2019-11-02
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