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| A economia brasileira corre o risco de ficar estagnada em 2017

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Até então, o período recessivo mais longo havia sido o do governo Collor, entre 1989 e 1992, que se estendeu por 11 trimestres e levou a uma contração de 7,7% do PIB. (foto: reprodução)

A economia brasileira corre o risco de ficar estagnada em 2017. O mercado prevê expansão de apenas 0,50% este ano, mas já há quem estime estabilidade, uma projeção nada animadora após a recessão que representa perda acumulada de mais de 7% nos dois últimos anos.

O ano de 2016 começou com a perspectiva de continuidade da recessão, mas acreditava-se que o ritmo seria menos intenso do que o de 2015, quando o PIB (Produto Interno Bruto) despencou 3,8%. No início de janeiro, a projeção de recuo em 2016 era de 2,84%. Agora, está em 3,49%. Os números oficiais do ano passado só serão divulgados em março.

“A economia continua sem forças. A perspectiva de consumo piorou um pouco, o mercado ainda terá uma piora adicional e por mais tempo. É difícil alguma notícia positiva até junho. O mais crítico é o investimento, que poderia reagir além de consumo e setor externo. A indústria não tem razão para investir porque está com enorme capacidade ociosa, e o programa de infraestrutura é pequeno e está atrasado”, afirma o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves.

Ele é um dos dois economistas do mercado – ao lado de Nilson Teixeira, do CreditSuisse – que preveem um 2017 sem crescimento. Já o Bradesco espera variação de apenas 0,3%.

O professor de Economia Francisco Lopreato também vê com preocupação o cenário para este ano. “A situação política não dá sinais de que vai se estabilizar”, alerta Lopreato.

Projeção otimista de 1,5%
Na outra ponta, com números e uma avaliação mais otimista, o Itaú Unibanco estima crescimento de 1,5% do PIB. A projeção, no entanto, acaba de ser revisada para baixo – ante taxa de 2% anteriormente –, acompanhando uma leva de revisões do mercado após o desempenho frustrante da economia no terceiro trimestre do ano passado. Pelo último Boletim Focus, que reúne as principais estimativas do mercado, o aumento será de 0,50%. A taxa é a mesma estimada pelo Santander, que classifica como “modesto” o crescimento esperado para 2017.

“Os fundamentos para alguma retomada estão presentes e isso vai permitir um crescimento moderado. O preço das commodities se estabilizou e até cresceu, a inflação está controlada e as expectativas estão ancoradas, o que permite a redução dos juros. As empresas estão menos alavancadas e com estoques mais ajustados”, explica Felipe Salles, economista do Itaú Unibanco.

O cenário traçado pelo banco leva em consideração a aprovação de reformas, como a da Previdência, ainda que reconheça o aumento da incerteza política. O quadro seria diferente, então, no caso de acirramento da crise política. Essa preocupação se repete após um ano de 2016 profundamente afetado pelas questões políticas, especialmente o impeachment.

Se em relação à política ainda há dúvidas, vem da desaceleração da inflação a notícia positiva do ano de 2017. Após um 2016 em que os preços demoraram a ceder, com impacto em alimentos, a inflação caminha para o centro da meta do governo, que é de 4,5%, segundo as projeções do mercado. O último Focus prevê 4,85% do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 2017. A última ata do Copom (Comitê de Política Monetária) e o próprio resultado da inflação oficial em novembro reforçam a avaliação de que será possível acelerar o ritmo de corte de juros já na primeira reunião do ano, este mês. (AG)

tags: economia

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https://www.osul.com.br/a-economia-brasileira-corre-o-risco-de-ficar-estagnada-em-2017/ A economia brasileira corre o risco de ficar estagnada em 2017 2017-01-07
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