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Brasil A economia do Sul cresce acima da média do País

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A última pesquisa havia sido feita em 2016. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

Conforme indicadores do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Banco Central e do Ministério da Economia, a atividade da região Sul do País tem se saído melhor que a média brasileira neste ano. O fenômeno pode ser explicado, ao menos em parte, por uma combinação de fatores conjunturais, como um aumento significativo na produção industrial da região e nas exportações de carnes, celulose e papel e fumo, e também estruturais. O mercado de trabalho da região tem, tradicionalmente, uma parcela maior de trabalhadores formalizados e taxas de desemprego mais baixas, o que forma um colchão mais firme para o consumo. As informações são do jornal Valor.

De acordo com o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), no acumulado em 12 meses até abril – dado mais recente – a atividade da região cresceu 2,5%, contra média de 0,72% do País. Nas demais regiões, o crescimento variou entre 0,5% e 1,1% no período. Na região, depois de oscilar entre crescimento de 1,7% e 2% entre setembro do ano passado e janeiro deste ano, o indicador tem se mantido em torno dos 2,5%. Já atividade nacional, segundo o indicador do BC, desacelera em 12 meses desde agosto do ano passado.

Números do IBGE também mostram o Sul descolado da média. De acordo com dados agregados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul pela economista Camila Saito, da Tendências Consultoria, no acumulado de janeiro a abril de 2019, a produção da indústria da região cresceu 5,3% ante o mesmo período de 2018, desempenho bem melhor que a média nacional (-2,7%).

“A produção do Sul tem se destacado em 2019”, afirma, chamando atenção para o desempenho de setores pró-cíclicos, como metalurgia (4% no Sul ante -0,8% da média do Brasil), produtos de metal (12,2% no Sul; contra 5,3%); máquinas e equipamentos (14,5%, ante 1,6%); máquinas, aparelhos e materiais elétricos (8,8%, ante -1,0%). Em 12 meses até abril, a indústria gaúcha cresce 6,6%, seguida pela paranaense (3,1%) e catarinense (2,8%), aponta o IBGE. A do País recuou 1,1%.

A economista também chama atenção para a massa de renda do trabalho no primeiro trimestre de 2019, que cresceu 5,4% em termos reais sobre o mesmo período do ano passado, ante 3,3% na média nacional. “Nas vendas do comércio, o Sul também mostra desempenho melhor, com alta de 3,5% no acumulado até abril, enquanto a média nacional foi de 2,5%”, comenta.

Camila diz que uma explicação possa estar no desempenho das exportações. De acordo com dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), ligada ao Ministério da Economia, a venda externa de produtos importantes para a economia regional teve aumento expressivo até maio, comparados ao mesmo período do ano passado. “A região Sul é mais exposta ao mercado externo e tem se beneficiado do câmbio mais desvalorizado”, diz a economista.

No caso catarinense, as exportações em dólares de carne de frango, que representam 25% das vendas externas do Estado, dispararam 63% de janeiro a maio sobre o mesmo período do ano passado. Os embarques de carne suína (responsáveis por 8% das exportações do Estado) cresceram 34%.

No Paraná, as exportações de carne de frango aumentaram 12% no período, compensando parte das perdas de 29% com as vendas de soja, seu principal produto. As exportações de milho paranaenses cresceram 53%. No Rio Grande do Sul, as exportações de fumo – importante setor para o Estado – cresceram 39%, e as de celulose, 82%.

O secretário de Planejamento do Paraná, Valdemar Bernardo Jorge, destaca a exportação de frango. “Ultrapassou US$ 1 bilhão de janeiro a maio”, afirma. Embora a produção agropecuária deste ano seja menor que em anos anteriores, ainda contribui para movimentar a cadeia industrial. “A produção de bens de capital para a agroindústria cresceu 22% até abril”, diz.

No Rio Grande do Sul, o presidente da federação da indústria local (Fiergs), Cézar Müller, pondera que a indústria local tem tido um crescimento baixo, de 3% ao ano nos últimos anos, em média, mas alguns segmentos estão de fato acima da média, como o de veículos (27% no ano até abril), produtos de metal (14%), este puxado por silos de armazenagem,

máquinas e equipamentos (9%) puxada por estruturas metálicas para energia eólica e solar e tabaco para exportação. Parte do bom desempenho, afirma Müller, se deve a fatores conjunturais. “A fabricação de reboques e semirreboques tem a ver com a greve do ano passado”, diz. “É preciso olhar com cuidado, pois há uma sazonalidade nos números quando se olha uma série mais curta”, pondera.

No lado das exportações, o presidente da Fiergs destaca o aumento das vendas de tabaco e celulose e papel, esta última beneficiada também pela base fraca de comparação por conta da paralisação de uma unidade fabril no Estado no ano passado.

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https://www.osul.com.br/a-economia-do-sul-cresce-acima-da-media-do-pais/ A economia do Sul cresce acima da média do País 2019-06-26
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