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Por Redação O Sul | 10 de maio de 2019
O apresentador de rádio Danny Baker foi demitido pela rede de TV britânica BBC após publicar uma foto de um chimpanzé, em um tuíte sobre o bebê de Meghan Markle e do príncipe Harry.
A imagem, que agora foi deletada do Twitter, mostrava um casal dando as mãos a um chimpanzé usando roupas. A foto vinha com a seguinte legenda: “Bebê real deixa o hospital”.
O apresentador da 5 Live, emissora de rádio da BBC dedicada a notícias e esportes, com grande participação de ouvintes, foi acusado de ridicularizar as raízes negras de Meghan Markle.
Um porta-voz da BBC disse que postagem foi “um sério erro de julgamento”. Baker, de 61 anos, um dos radialistas mais conhecidos da Grã-Bretanha, apresentava um programa aos finais de semana. A BBC informou que o tuíte dele “contraria os valores que nós, como emissora, desejamos incorporar”.
“Danny é um apresentador brilhante, mas não vai mais apresentar seu programa semanal com a gente”, acrescentou a empresa.
Baker anunciou a própria demissão no Twitter e publicou um pedido de desculpas dizendo que não teve a intenção de fazer piada sobre “raça e macacos”.
“Era para ser uma piada sobre realeza x animais de circo, mas foi interpretada como sendo sobre raça e macacos, por isso foi devidamente deletado.”
Depois, Baker passou a criticar, nas redes sociais, a decisão da BBC de demiti-lo. “A ligação para me demitir foi uma aula máster de pseudo-severidade pomposa”, disse. “Literalmente, me jogaram debaixo do ônibus.”
Antes de ser demitido, Baker disse a seus cerca de 500 mil seguidores no Twitter que foi abordado por repórteres na saída de sua casa, e que foi perguntado: “Você acha que pessoas negras se parecem com macacos?”
No tuíte, ele respondeu: “Não, meu chapa. Foi uma piada. Chimpanzé aristocrático. Fui alertado da conotação. Chocado. Apagado. Pedi desculpas”.
É a segunda vez que o apresentador foi demitido pela 5 Live. Em 1997, ele foi demitido após encorajar torcedores a “tornar a vida de um juiz um inferno” após este ter apitado um pênalti polêmico.
Archie Harrison
Archie Harrison Mountbatten-Windsor é o nome do filho do príncipe Harry com Meghan Markle, a duquesa de Sussex. O nome foi anunciado na quarta-feira (8) no Instagram do casal, horas depois de o bebê ter sido apresentado ao mundo no Castelo de Windsor. O menino, sétimo na linha de sucessão à coroa britânica, nasceu na segunda-feira (6).
O título de Archie, segundo a BBC, será “Master”. O honorífico é usado para herdeiros de um visconde ou barão escocês, segundo o dicionário de Oxford. Na Escócia, Harry é barão de Kilkeel.
“Eles foram bem estratégicos nesse nome, porque “Arch” é uma derivação de “Archibald” . É um nome clássico alemão, que é muito comum na Inglaterra, em uma família real que tem origem alemã. Eles conseguiram agradar à gênese familiar da rainha Elizabeth ao mesmo passo que fugiram daquela coisa de homenagear alguém que já ocupou o trono”, explica Jonathan Portela, mestre em história pela Unifesp.
A Casa de Windsor, da qual faz parte a família real britânica, surgiu em 1917, quando o sobrenome foi adotado pela família real depois de uma proclamação do rei George V. O nome substituiu o antigo Saxe-Coburg-Gotha, que tem origem germânica.
A trisavó da rainha Elizabeth II, a rainha Vitória, foi a última monarca da Casa de Hanover, também uma dinastia real germânica. Ela casou com o príncipe Albert, que era duque de Saxe-Coburg-Gotha.
Já o sobrenome do bebê, Mountbatten-Windsor, começou a ser adotado em 1960. A rainha e o príncipe Philip decidiram que gostariam que seus descendentes diretos pudessem ser distinguidos do resto da família real – sem, no entanto, tirar o nome Windsor. Os descendentes de Elizabeth II, portanto – a não ser que tenham os títulos de “Sua Alteza Real” ou de príncipe e princesa – têm esse sobrenome, segundo o site da monarquia britânica.
Em 1947, o príncipe Philip assumiu o nome de Philip Mountbatten, como tenente da marinha real.
Para Jonathan, a escolha do nome reflete a tendência de Meghan e Harry, ao longo da gravidez até o parto, de fugir do comum. “Não escolheram um nome tradicional, da família real, que vem de outro rei ou duque. É surpreendente e, ao mesmo tempo, não, porque eles seguiram o estilo deles”, afirma.
“Archie” não estava entre as maiores apostas dos sites especializados do Reino Unido, que consideravam, principalmente, Arthur, Alexander ou Philip.
Como Meghan Markle é norte-americana, Archie terá direito a dupla nacionalidade, dos Estados Unidos e do Reino Unido.
Archie não será príncipe, ao contrário dos primos George e Louis, porque Meghan e Harry escolheram não dar o título ao filho. A escolha segue a da princesa Anne, filha da rainha Elizabeth, cujos filhos Zara e Peter não têm títulos.
A rainha poderia tê-los concedido ao novo bisneto, como fez no caso do príncipe Andrew. As duas filhas dele, Beatrice e Eugenie, são princesas. Archie também poderia ter usado um dos títulos menores de Harry, e ter se tornado conde de Dumbarton ou até mesmo Lorde Archie.