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Brasil A então presidente da Petrobras Graça Foster encobriu irregularidades em contratos da empresa com o banco de André Esteves, diz a Polícia Federal

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Graça Foster teria favorecido o BTG Pactual na compra de ativos da estatal na África em troca de assumir o controle da Sete Brasil, subsidiária da Petrobras. (Foto: Reprodução/Youtube)

Um dos alvos da 64ª fase da Operação Lava-Jato deflagrada na sexta-feira (23) pela PF (Polícia Federal), a ex-presidente da Petrobras Graça Foster é suspeita de não ter adotado medidas para apurar ou impedir a continuidade de um esquema de corrupção dentro da estatal durante a sua gestão, o que supostamente seria de seu conhecimento. Agentes da PF estiveram em sua casa, no Rio, para cumprir mandados de busca e apreensão. Graça ocupou a presidência da Petrobras entre fevereiro de 2012 e fevereiro de 2015.

Segundo os investigadores, a ex-presidente da Petrobras favoreceu o BTG Pactual na compra de ativos da estatal na África em troca de assumir controle da Sete Brasil, subsidiária da Petrobras. Além disso, ela teria, de acordo com a força-tarefa, “aparente” conhecimento de irregularidades mantidas em contrato firmado entre a Odebrecht e a Petrobras e, mesmo assim, concordou com sua continuidade. E-mails trocados entre ela e o ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, relatam a preocupação de ambos com o assunto.

“Em mensagens seguintes transcritas na representação, há indicativos de que Graça Foster havia determinado a formação de grupo de trabalho de empregados da Petrobras com funcionários da Odebrecht para que se providenciasse, mediante aditivo, redução do valor do contrato. Contudo, mesmo com a aparente ciência das irregularidades, não houve rescisão ou ordem para que fosse apurado o pagamento de vantagens indevidas até então”, afirmou a juíza Gabriela Hardt.

Nesta fase, a Lava-Jato apura informações incluídas na delação premiada do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e em e-mails de Marcelo Odebrecht. A operação tem o objetivo de investigar os crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de capitais. Na última quarta-feira (21), o cunhado de Marcelo foi o principal alvo da 63ª fase da investigação.

Segundo a Polícia Federal, com base nas declarações do ex-ministro Antonio Palocci, a indicação de Graça Foster para a presidência da Petrobras pela ex-presidente Dilma Rousseff ocorreu para “direcionar eventuais cobranças por recursos das empresas contratadas para os interesses gerais do Partido dos Trabalhadores”.

Acordo com BTG

O ex-ministro também narrou que a ex-presidente da Petrobras, para favorecer o banco BTG Pactual, retirou a condução do processo de venda dos ativos da Área Internacional da estatal para evitar que o PMDB solicitasse vantagens indevidas dos potenciais compradores.

De acordo com as investigações, em troca de obter controle da Sete Brasil, subsidiária da Petrobras, Graça Foster teria feito um acordo com André Esteves que envolvia o direcionamento, para o BTG, dos ativos da Petrobras na África. Um dos ilícitos envolve a venda pela Petrobras ao BTG de ativos na África. A partir de análise de documentos apreendidos, identificaram-se indícios de que os ativos foram comercializados em valor inferior ao avaliado por instituições financeiras.

No início do processo, o preço de tais ativos havia sido avaliado entre US$ 5,6 bilhões e US$ 8,4 bilhões. Ao final, em 2013, 50% desses ativos foram vendidos por US$ 1,5 bilhão. O procedimento de venda teria sido permeado por diversos indícios de irregularidades, como possível restrição de concorrência e acesso a informações sigilosas.

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