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Brasil O governo federal reduziu de 2,5% para 1,6% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto do Brasil neste ano

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A estimativa dos economistas antes era de 2,5%. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

A greve dos caminhoneiros e a demora na recuperação econômica fizeram a equipe econômica reduzir a estimativa de crescimento da economia para este ano. Segundo o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, divulgado nesta sexta-feira (20) pelo Ministério do Planejamento, a estimativa caiu de 2,5% para 1,6%.

A estimativa de inflação pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) aumentou de 3,4% para 4,2%. De acordo com a equipe econômica, a alta do dólar e o impacto da paralisação dos caminhoneiros contribuíram para aumentar a projeção de inflação oficial.

Divulgado a cada dois meses, o Relatório de Receitas e Despesas orienta a execução do Orçamento para o restante do ano. Apesar de o documento ser de autoria do Ministério do Planejamento, os parâmetros para a economia são elaborados pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda.

Para 2019, a estimativa para o crescimento econômico de 2019 caiu de 3,3% para 2,5%, disse o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Fábio Kanczuk. Segundo ele, a queda de 0,9 ponto percentual na projeção para o PIB de 2018 deve-se a três motivos: 0,2 ponto deve-se à greve dos caminhoneiros, 0,35 ponto deve-se à diminuição da liquidez internacional decorrente da perspectiva de aumento de juros nos Estados Unidos e 0,35 ponto restante tem origem no agravamento das incertezas internas.

O secretário disse que alguns indicadores de junho, como consumo de papelão e de energia elétrica, mostram que a economia está se recuperando na margem (em relação a maio), apesar de a previsão para o ano inteiro ter sido reduzida. “Na margem, estamos observando uma melhoria. É sinal de que o governo fazendo trabalho fiscal e reduzindo incerteza, podemos ter números melhores para o ano que vem”, declarou.

A estimativa da Fazenda coincide com a do BC (Banco Central). No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de junho, o BC reduziu de 2,6% para 1,6% a estimativa de crescimento para o PIB em 2018.

A previsão da equipe econômica, no entanto, está mais otimista que a do mercado financeiro. Na última edição do Boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a projeção de crescimento dos analistas de mercado caiu de 1,53% para 1,5% este ano.

A previsão para o IPCA também coincide com a do último Relatório de Inflação do BC, que aponta que o índice fechará o ano em 4,2%.

A projeção está próxima da estimativa do mercado financeiro. Na edição mais recente do Boletim Focus, os analistas projetam inflação oficial de 4,15%.

PIB Mundial

Os ministros das Finanças do G-20 se reúnem neste fim de semana em Buenos Aires para tratar das ameaças que pairam sobre o crescimento mundial, em particular os riscos de uma guerra comercial e de crise nos países emergentes.

Já na quarta-feira, a diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário internacional), Christine Lagarde, deu o tom dessa terceira reunião do G-20 financeiro sob presidência argentina, garantindo que a guerra comercial pode custar bilhões de dólares ao PIB mundial nos próximos anos.

 

Lagarde também advertiu o governo Trump que “a economia americana está particularmente vulnerável, porque uma grande parte de seu comércio será sob o golpe de medidas de represálias”.

Ao contrário da cúpula do G-7 em Québec no início de junho, quando o presidente Donald Trump retirou seu apoio à declaração final elaborada com seus aliados, a reunião de Buenos Aires deve ser concluída com a divulgação de um texto comum, disseram fontes próximas das negociações.

Ainda assim, não se deve esperar um comunicado condenando o protecionismo, já que o G-20 Finanças tem “seus limites”, como reconheceu o ministro argentino da Economia, Nicolas Dujovne, na última reunião desse grupo, em Washington, em abril passado.

Em março, durante o primeiro encontro do ano em Buenos Aires, os ministros conseguiram, com dificuldade, chegar a um comunicado, no qual reconheceram que “as tensões econômicas e geopolíticas” ameaçam o crescimento mundial.

Depois disso, o presidente Donald Trump passou do discurso à ação, apesar dos inúmeros alertas do FMI e de seus parceiros sobre uma guerra comercial sem vencedores.

Trump sobretaxou as importações de aço e de alumínio de seus aliados e da China, impôs tarifas punitivas de 25% em 34 bilhões de dólares em produtos de Pequim, além de ameaçar os veículos europeus com mais tarifas.

No último fim de semana, o presidente americano chegou, inclusive, a classificar a União Europeia como “inimiga” no plano comercial.

Os Estados Unidos já anunciaram que vão a Buenos Aires para denunciar, mais uma vez, “a agressão econômica da China”, país para o qual o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, apontou o dedo acusatório na reunião de março.

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https://www.osul.com.br/a-equipe-economica-reduziu-para-16-a-previsao-de-crescimento-do-produto-interno-bruto-o-pib/ O governo federal reduziu de 2,5% para 1,6% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto do Brasil neste ano 2018-07-20
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