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Colunistas À espera de um milagre!

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(Foto: Banco de Dados)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

À espera de um milagre esse pode ser o título do enredo das próximas horas, dias ou semanas da história de Dilma Rousseff ainda no cargo de presidenta da República.  A apatia do governo em se defender de acusações postadas em letras garrafais na imprensa escrita e repetidas a exaustão na eletrônica (TV Globo) durante o primeiro mandato tornou-se crônica no primeiro ano do segundo mandato.

A impressão que se tinha e tem é a de que a cúpula do Palácio do Planalto vive na nuvem, em um espaço aparentemente a prova de som. A incompetência senão para defender pelo menos para explicar a população os acontecimentos (acusações) que envolveram Dilma durante os últimos 13 meses beira a raia do autismo político. Agora o processo de impeachment já é real e o Congresso ontem deu demonstração de que tem pressa, nunca se viu o Pleno da Câmara trabalhando em uma sexta feira.

A nomeação de Lula que deveria ter acontecido ainda no primeiro mandato, afinal o governo Dilma era ou pelo menos se acreditou ser uma continuidade do projeto vitorioso dos dois mandatos do metalúrgico, nunca aconteceu houve até um “esfriamento” nas relações entre os dois, então a nomeação se deu de forma atabalhoada e na esteira de escândalos que atingiram diretamente a credibilidade do ex-presidente, culminando com a chegada de um aparato de cerca de 200 homens da Polícia Federal na porta do apartamento do ex-presidente conduzido até o aeroporto para prestar depoimento.

Tudo estava pronto para sua prisão em Curitiba. A reação pública frustrou o expediente que dizem serviu de balão de ensaio. Lula vai ser preso pelo sistema, mais cedo ou mais tarde. Isso já foi decidido. Mas a revelação de uma conversa telefônica entre o presidente do PT Rui Falcão e Jacques Wagner ministro da Casa Civil na manha da prisão de Lula desfaz qualquer dúvida sobre a completa anorexia defensiva e política do gabinete da presidência.

Rui pediu alguém do governo presente no cenário da detenção do ex-presidente o ministro admitiu não conseguir “raciocinar”, em seguida Falcão (mais para periquito) tentava dar urgência ao caso dizendo que a prisão preventiva já estava pedida por Curitiba para uma juíza da 4ª Vara ao que o aparentemente desligado braço direito de Dilma perguntou: “Ah! Ele [Moro] pediu a preventiva do cara [Lula], em cima do quê?”.

É isso aí! O principal conselheiro de Dilma não sabia de nada estava por fora e admitiu ser incapaz de “raciocinar” em pleno caos. Talvez tenham decidido tirar os aparelhos de comunicação tipo radio tv internet das proximidades do núcleo (duro) do poder. Com essa demonstração de inapetência para sua própria defesa o governo pode ir se preparando para o grand finale. Salvo um milagre Dilma vai descer a rampa como desceu Collor.

Não há acusação de qualquer crime cometido por Dilma. Mas isso já não vem ao caso, ela terá um julgamento político. Se no futuro for considerada inocente de qualquer acusação, como Collor, isso não tem a menor importância. Até a OAB já se alinhou a favor da cassação de Dilma. Os partidos “aliados” estão descendo do barco. Descendo exatamente não! Estão se jogando do barco antes que afunde.

O PMDB nos bastidores já bateu o martelo. Como sempre ele agora recua para esperar a formação do novo gabinete pois lá estará com certeza. O PMDB é a radicalização da metamorfose ambulante. Interessante é a justificativa: Dilma disse uma coisa em campanha e fez outra quando assumiu o mandato. Se esse motivo fosse usado de forma ética e honrada não sobraria nenhum governador ou prefeito. É golpe?

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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