Terça-feira, 23 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
25°
Mostly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Celebridades A eterna namoradinha do Brasil não nega a possibilidade de ter um “deslumbramento homossexual”

Compartilhe esta notícia:

Atriz afirma que é “potencialmente bissexual, mas a tendência hétero é mais forte”. Crédito: Reprodução

Regina Duarte se esquiva da aura de diva. Os 50 anos de carreira não tiraram dela o lugar de mulher comum. Aos 68 anos, ela diz lidar bem com o envelhecimento e se sente “bela para a sua idade”. Em entrevista, a atriz recorda alguns dos principais papéis na televisão, ressalta o prazer de estar na novela global “Sete Vidas”, que termina hoje, e avisa: “Daqui para frente, só quero moleza! Moleza com qualidade!”.

Seus 50 anos de carreira trazem à tona outros números fortes: são 30 anos de “Roque Santeiro”, 25 de “Rainha da Sucata”, 20 de “História de Amor”… Você é saudosista?
Regina Duarte – Não sou nostálgica, mas fico um pouco aflita de ter feito tanta coisa. É como se tudo tivesse acontecido com uma entidade que não sou mais eu. Ao mesmo tempo, isso não me garante nada na cena que tenho que gravar amanhã, sabe? Está tudo na prateleira. Prefiro que não interfira no meu “hoje”.

Você é conhecida por papéis de sucessos estrondosos. Hoje ainda é uma necessidade fazer personagens grandiosos?
Regina – Já há algum tempo não gostaria de ser protagonista absoluta de nada. A minha cota de satisfação e sacrifício se esgotou. O que eu tinha que doar em termos de vida pessoal para a profissão foi doado. Daqui para a frente, só quero moleza. Moleza com qualidade! Agora, em “Sete Vidas”, fiquei feliz de ter um personagem [Esther] de acordo com a minha idade, com as minhas pretensões em relação à carreira. Tem um tamanho adequado para o meu momento e para a minha idade, sabe?

A novela “Sete Vidas” aborda mudanças familiares em um cenário de resistência de alguns. Em “Babilônia”, por exemplo, um beijo gay foi rejeitado. O que você acha disso?
Regina – A arte e a dramaturgia têm o importante direito de colocar temas tabus em pauta. Mas é ingênuo acreditar que isso possa acabar com o preconceito. Falar sobre homossexualidade realmente oxigena o assunto, tirando-o das quatro paredes e da obscuridade. Porém, exagerar na colocação do debate pode gerar uma faca de dois gumes, revertendo uma irritação de quem discrimina.

Vivemos um retrocesso?
Regina – Enfrentar etapas de resistência é inevitável. Sempre foi assim! Há agora um movimento de transformar o privado em público. As pessoas querem beijar na boca e ter o direito de mostrar que estão amando pessoas do mesmo sexo. E é isso que está irritando quem critica. A questão é que isso existe e existiu a vida inteira. A homossexualidade faz parte da composição do indivíduo. O ser humano é bissexual! Ele pode ser mais hétero ou mais homo, mas, no fundo, ele é bi, basicamente. É da natureza.

Você se inclui nessa tese?
Regina – Totalmente! Sou potencialmente bissexual. No meu caso, a tendência hétero é muito mais forte. Mas não nego a possibilidade de ter um deslumbramento homossexual. Posso ser tocada pela varinha. Agora está cada vez mais difícil. Na minha idade, as doses de libido ficam menos fortes.

Envelhecer na TV, aos 68 anos, é diferente?
Regina – Não sou vaidosa. Essa é uma das razões por eu ser seletiva na escolha dos projetos de que participo. Se tenho alegria e prazer quando estou fazendo determinado trabalho, o meu exterior é o que menos importa. Existe uma força interna que se impõe e é maior do que qualquer invólucro físico. Não importa se o cabelo está assim, se a ruga está assada ou se a papada está caída. Tem um motor interno no personagem que faz com que eu me sinta plena sem precisar estar bela.

Você se sente bonita?
Regina – Acho que estou, né? Sinto-me bela na minha idade, com toda a deterioração natural de quem está chegando aos 70 anos. Aceitar isso não é fácil. Mas depois que você fala “Dane-se!”, fica uma delícia. (DSP)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Celebridades

Morreu, aos 91 anos, o fundador da revista Playboy
Sabrina Sato admite que “sonhava desde os 6 anos de idade em ficar famosa”.
https://www.osul.com.br/a-eterna-namoradinha-do-brasil-nao-nega-a-possibilidade-de-ter-um-deslumbramento-homossexual/ A eterna namoradinha do Brasil não nega a possibilidade de ter um “deslumbramento homossexual” 2015-07-09
Deixe seu comentário
Pode te interessar