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Mundo A Europa e os Estados Unidos estão cobrando esclarecimentos do Facebook sobre o suposto uso ilegal de dados de 50 milhões de pessoas que usam a rede social

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Há seis anos, o Facebook era apontado como a principal rede social por 68% dos adolescentes. (Foto: Reprodução)

O Reino Unido está investigando se o Facebook fez o suficiente para proteger dados, depois da denúncia de que uma consultoria política com sede em Londres, contratada por Donald Trump, acessou de forma indevida informações de 50 milhões de usuários do Facebook para influenciar a opinião pública. As informações são do jornal Folha de S.Paulo e das agências internacionais de notícias.

As ações do Facebook recuaram quase 7% na segunda-feira (19), reduzindo em quase US$ 40 bilhões o valor de mercado da empresa, em meio a preocupações de investidores de que danos à reputação podem dissuadir usuários e anunciantes da maior rede do mundo. Às 12h37min desta terça-feira (20), as ações caíam 4,7%.

Elizabeth Denham, chefe da Comissão de Informação britânica, está buscando uma autorização para fazer buscas nos escritórios da consultoria Cambridge Analytica, depois que uma denúncia revelou que a empresa colheu informações privadas de milhões de pessoas para apoiar a campanha presidencial norte-americana de Trump em 2016.

Parlamentares dos Estados Unidos e da Europa exigiram explicações de como a empresa de consultoria obteve acesso aos dados em 2014 e por que o Facebook não informou seus usuários, levantando questões mais amplas da indústria sobre a privacidade do consumidor.

“Estamos analisando se o Facebook garantiu e protegeu informações pessoais na plataforma e se, quando descobriu sobre a perda dos dados, agiu de forma robusta e se as pessoas foram ou não informadas”, disse Denham à BBC Radio.

A agência Bloomberg informou que a Comissão Federal de Comércio dos EUA está investigando o Facebook.

Em Washington, o presidente republicano do Comitê de Comércio, Ciência e Transporte do Senado enviou uma carta na segunda-feira ao presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, solicitando informações sobre o uso de dados de usuário do Facebook.

“A possibilidade de que o Facebook não tenha sido transparente com os consumidores ou não tenha podido verificar se os desenvolvedores de aplicativos de terceiros são transparentes com os consumidores é preocupante”, informou a carta, que também foi enviada a Nigel Oakes, presidente-executivo da filial SCL de Cambridge Analytica.

Em Londres, o chefe da comissão parlamentar da Mídia do Reino Unido também escreveu para Zuckerberg pedindo mais informações. “Gostaríamos de receber sua resposta até segunda-feira, 26 de março”, escreveu o parlamentar Damian Collins.

“O comitê perguntou repetidamente ao Facebook como as empresas adquirem e retêm informações dos usuários e, em particular, se seus dados foram adquiridos sem o seu consentimento”, afirmou Collins.

“As respostas de seus representantes [a essas questões] subestimaram consistentemente esse risco e foram enganosas.” “Chegou o momento de ouvir um executivo sênior do Facebook com autoridade suficiente para explicar esse alarmante fracasso”, disse.

A ministra da Justiça alemã, Katarina Barley, convocou o Facebook a assumir a responsabilidade por violações das leis de privacidade de dados. Barley disse ao jornal Passauer Neue Presse que a empresa precisava ainda explicar como protegeria melhor a privacidade de seus usuários no futuro, observando que as pessoas precisavam saber o que seria feito de seus dados antes de autorizarem seu uso.

Criada em 2013, a Cambridge Analytica se vende como uma fonte de pesquisa do consumidor, com publicidade direcionada e outros serviços relacionados a dados para clientes políticos e corporativos.

Segundo o jornal The New York Times, a empresa foi lançada com o apoio de US$ 15 milhões do doador republicano bilionário Robert Mercer e de Steve Bannon, que posteriormente foi conselheiro de Trump na Casa Branca.

O Facebook disse que os dados foram colhidos por um acadêmico britânico, Aleksandr Kogan, que criou um aplicativo na plataforma que foi baixado por 270 mil pessoas, proporcionando acesso não só aos seus próprios dados pessoais, mas também aos de amigos.

A rede social informou que Kogan então violou suas políticas passando os dados para a Cambridge Analytica. A rede social disse ainda ter sido informado de que os dados teriam sido destruídos. O Facebook suspendeu a empresa de consultoria e sua controladora Strategic Communication Laboratories (SCL).

O Facebook disse que se os dados passados para a Cambridge Analytica ainda existirem, “seria uma grave violação das políticas do Facebook e uma violação inaceitável da confiança e dos compromissos assumidos por esses grupos”.

A Cambridge Analytica tem negado todas as informações publicadas pela mídia e disse que eliminou os dados depois de tomar conhecimento que não estavam de acordo com as regras de proteção de dados.

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