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Brasil Bebianno é o primeiro ministro do governo Bolsonaro a ser demitido

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Bebianno foi o homem forte da campanha vitoriosa de Bolsonaro. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Conforme o presidente Jair Bolsonaro já havia sinalizado nos bastidores, foi confirmada a exoneração de Gustavo Bebianno do cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência pelo porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros. O general da reserva Floriano Peixoto, secretário-executivo da pasta, assume o posto.

A crise política causada pela revelação de um esquema de candidaturas laranjas do PSL levou à primeira queda de ministro do governo Bolsonaro.

Bebianno se tornou o centro de uma crise instalada no Palácio do Planalto depois que o jornal Folha de S. Paulo revelou a existência de um esquema de candidaturas laranjas do PSL para desviar verba pública eleitoral. O partido foi presidido por ele durante as eleições de 2018, em campanha de Bolsonaro marcada por um discurso de ética e de combate à corrupção.

Como presidente do PSL nas eleições, Bebianno foi o homem forte da campanha vitoriosa de Bolsonaro e responsável formal pela liberação de verba pública para todos os candidatos do partido. Sua ligação próxima com o presidente o alçou a um ministério instalado dentro do Palácio do Planalto.

A queda do ministro decorre da maior turbulência política enfrentada pelo governo Bolsonaro, que completa 49 dias de existência nesta segunda-feira.

A saída precoce dele do Planalto preocupa aliados do presidente pelo potencial explosivo de supostas ameaças que Bebianno estaria fazendo nos bastidores.

No domingo (17), ele disse que, fora do governo, não pretende atacar Bolsonaro, embora haja certa expectativa de que ele mire no vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, que alavancou a crise ao chamar o agora ex-ministro de mentiroso.

Na última quarta-feira (13), Carlos, que cuida da estratégia digital do presidente, postou no Twitter que o então ministro havia mentido ao jornal O Globo ao dizer que conversara com Bolsonaro três vezes na véspera, negando a turbulência política causada pelas denúncias das candidaturas laranjas.

Antes dessa declaração, o jornal havia publicado que Bolsonaro, ainda internado no hospital Albert Einstein no processo de recuperação de uma cirurgia, se recusara a atender um telefonema de Bebianno para tratar do assunto.

Bolsonaro endossou nas redes sociais os ataques do filho, inclusive de que Bebianno mentiu, e ainda afirmou, em entrevista à TV Record, que seu ministro poderia “voltar às suas origens” se fosse responsabilizado pelo caso dos laranjas. Na mesma entrevista, Bolsonaro anunciou que havia determinado a investigação pela Polícia Federal.

Além das críticas, Carlos Bolsonaro elevou a temperatura da crise ao divulgar um áudio no qual o presidente da República se recusa a conversar com Bebianno. A interferência de Carlos foi alvo de críticas de aliados e da ala militar do governo Bolsonaro, que agiu para tentar segurar Bebianno, mas, agora, tenta se consolidar no núcleo da gestão federal ocupando a vaga do ministro.

A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) chegou a declarar que não se poderia “fazer puxadinho da Presidência da República dentro de casa para expor um membro do alto escalão do governo”.

A gota-d’água para a demissão, segundo integrantes do Planalto, foi o vazamento de diálogos privados entre Bolsonaro e Bebianno, exclusivos da Presidência, ao site O Antagonista e à revista Veja.

Bolsonaro e Bebianno tiveram um encontro ríspido na sexta-feira (15) sobre o tema. Na manhã daquele dia, Bebianno havia recebido indicação de que ficaria no cargo após movimento liderado pelo ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e por militares.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, também entraram no circuito. Todos com o discurso de que a queda do ministro poderia colocar em risco o início das negociações da reforma da Previdência, que chega ao Congresso nesta semana.

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https://www.osul.com.br/a-exoneracao-de-gustavo-bebianno-do-cargo-de-ministro-da-secretaria-geral-da-presidencia-foi-confirmada-pelo-porta-voz-do-governo/ Bebianno é o primeiro ministro do governo Bolsonaro a ser demitido 2019-02-18
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