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Mundo A família de Carlos Ghosn enviou um documento à ONU apontando violações na prisão do executivo brasileiro

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Ghosn está preso desde o final de novembro. (Foto: Reprodução)

Os advogados do executivo Carlos Ghosn enviaram a um grupo de trabalho da ONU (Organização das Nações Unidas) um dossiê que mostraria que direitos do ex-presidente da Renault e da Nissan vêm sendo violados desde sua prisão no Japão.

Ghosn está preso desde o final de novembro, sob acusações de ter fraudado declarações sobre seus ganhos na Nissan por uma década. Ele nega.

O dossiê foi enviado por sua família com apoio de advogados nesta segunda-feira (4) para o Grupo de Trabalho sobre Prisões Arbitrárias do Alto Comissariado para Direitos Humanos da ONU.

O documento de 26 páginas apresenta as preocupações dos advogados de Ghosn a respeito as condições nas quais o executivo foi preso, sua detenção e suas condições.

Francois Zimeray, um dos advogados de Ghosn, disse que o documento mostra violações de direitos humanos fundamentais. O documento pede que o grupo de trabalho reconheça violações e exija que o Japão libere Ghosn imediatamente e ofereça indenizações.

Não se trata de uma ação contra o Japão, é uma ação por direitos humanos”, disse François Zimeray, advogado que representa a família do ex-presidente do Conselho de Administração da Nissan. “A família esperava que a razão fosse prevalecer, que o correto prevaleceria.”

Aos 64 anos de idade, Ghosn está preso desde novembro sendo acusado de ter cometido crimes financeiros, incluindo o uso indevido de recursos da montadora francesa Nissan. Ele foi deposto do cargo de presidente tanto da Nissan quanto da Mitsubishi Motors logo após sua prisão, e já teve o pedido de pagamento de fiança negado duas vezes pela Justiça do Japão.

Ele renunciou ao cargo de presidente do Conselho de Administração e de diretor-presidente da Renault em janeiro, perdendo assim o posto de liderança da aliança que trabalhou para construir por duas décadas.

Zimeray disse que a posição de Ghosn e a forma pública com que sua prisão foi conduzida torna muito difícil provar sua inocência posteriormente. Além disso, os promotores deveriam contar com evidências em mãos antes da prisão, no entanto, eles estão conduzindo a investigação enquanto mantêm o executivo sob custódia, sustentou o advogado, que classificou a conduta como “justiça de sequestro”.

Uma segunda advogada, Jessica Finelle, declarou aos jornalistas que o sistema japonês de detenção “não foi adaptado” à Constituição do país, que determina proteção aos direitos humanos.

Embora o grupo das Nações Unidas não tenha autoridade sobre o sistema judiciário japonês, Zimeray avalia que uma descoberta favorável poderia funcionar como um “toque de alerta”. A demanda à ONU pode levar seis meses para ser respondida, estima o advogado.

A declaração do advogado em Paris acontece após o novo advogado de Ghosn no Japão, Junichiro Hironaka, ter entrado com novo pedido de soltura mediante pagamento de fiança na semana passada. A corte ainda não avaliou a solicitação.

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