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Política Uma chapa com Joaquim Barbosa para presidente da República e Marina Silva como vice não pode ser descartada

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O ex-ministro do STF já disse que, tendo sido presidente de um poder, não poderia pleitear menos do que a Presidência de outro. Já Marina tem feito uma campanha muito discreta. (Foto: STF)

A filiação do ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa ao PSB, para se posicionar como possível candidato à Presidência da República, fez avançar as conversas para formação de duas novas chapas: de Barbosa com a ex-ministra Marina Silva (Rede) e também as do ex-ministro Aldo Rebelo, agora no Solidariedade (SD), com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O ex-ministro da Defesa, da Ciência e Tecnologia, da Articulação Política e ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo, ligado a Miguel Arraes e Eduardo Campos, que havia migrado do PCdoB para o PSB e apresentado à direção do partido sua candidatura a presidente, desligou-se da sigla com a chegada de Barbosa. Na segunda-feira, num ato em São Paulo, anunciará sua pré-candidatura à Presidência pela nova legenda.

O Solidariedade, junto com o PP, negocia apoio a Maia. Segundo fontes, a conversa não está suspensa: Maia e Aldo farão campanhas separadas e, em julho, avaliarão quem tem mais contatos políticos e apoio na sociedade para encabeçar a chapa. As conversas teriam como mote uma candidatura capaz de dialogar com todos os campos, “unificar esquerda e direita”.

A aliança entre Rodrigo Maia e Aldo Rebelo é antiga: o DEM apoiou o então deputado do PCdoB na disputa pela presidência da Câmara para evitar a vitória do candidato oficial do governo, do PT, em 2005; e o exministro retribuiu 11 anos depois, ao ajudar no apoio de parte da esquerda ao atual presidente da Câmara. Uma chapa presidencial com ambos já era cogitada desde as denúncias contra o presidente Michel Temer, caso houvesse uma eleição indireta para substituir o presidente denunciado.

Já no PSB, a articulação é por uma aliança de Barbosa com Marina Silva, um como presidente, outro como vice, ainda não estão definidas as posições. O ex-ministro do STF já disse que, tendo sido presidente de um poder, não poderia pleitear menos do que a Presidência de outro. Marina tem feito uma campanha muito discreta, sem apoio, mas tem mais recall e índice elevado de intenção de voto.

Joaquim Barbosa fez uma filiação também discreta ao PSB, no fim do prazo legal, e não deu entrevistas ou confirmou seu projeto político, à espera da conquista de mais apoio dentro do próprio partido, dividido entre várias alternativas na sucessão presidencial. A migração para o PSB de um grupo marinista do Rio, entre os principais nomes os de Carlos Minc e Alessandro Molon, somados às raízes que Marina Silva deixou no partido quando foi candidata a presidente, depois da morte de Eduardo Campos, de quem era vice, criou as condições ideais para trabalhar a nova chapa.

Aldo, até então candidato do PSB a presidente, vinha acompanhando o movimento de Joaquim Barbosa, que deixou para definir sua filiação na última hora por estratégia e temor de não conquistas a maioria do partido e da bancada. A direção partidária não assumia a preferência por Barbosa, o que só vem fazendo agora, com o projeto de aliança com Marina.

Aldo sentiu que havia uma inclinação do PSB, da direção e agora de uma parte maior da bancada, principalmente dos fluminenses que migraram do Rede para o PSB. O presidente do partido, Carlos Siqueira, levou o jogo até o fim sem declarar sua posição e, assim, Aldo só teve certeza na antevéspera do fim do prazo. “Impossibilitado de acompanhar a manifesta inclinação da direção partidária pela candidatura do ilustre ministro Joaquim Barbosa, comunico meu afastamento do PSB. Continuarei apoiando a candidatura de Márcio França em São Paulo e outros projetos regionais do partido”, tuitou Rebelo, ontem. O SD está coligado com o PSB em SP.

A políticos do seu grupo explicou que sua biografia, seus compromissos de raízes nacionais, a cruzada em defesa da redução das desigualdades e do interesse do trabalhador, formam uma agenda sobre a qual lançou um manifesto e vinha trabalhando sua candidatura, que considera bem distante da agenda de Joaquim Barbosa. Segundo disse Aldo, ao justificar sua saída, a agenda de Barbosa é udenista, baseada em um moralismo que, para ele, é importante, mas não central.

Ao Valor, o presidente do PSB, Carlos Siqueira afirmou gostar muito de Aldo, mas ponderou que “se ele não concorda com candidatura de Barbosa tem todo direito de sair”. Barbosa não foi encontrado. Aliados da pré-candidata do Rede elogiam a eventual indicação do ex-ministro do STF para formação de uma chapa. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), é entusiasta de uma eventual aliança e acredita que os dois terão posturas parecidas na campanha. “São duas candidaturas fortes. Se for possível uma composição, gostaria que Marina fosse a cabeça de chapa dessa dobradinha, porque ela já foi testada e tem recall das últimas eleições”, disse.

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