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Brasil A força-tarefa da Operação Lava-Jato encontrou dezenas de obras do pintor Di Cavalcanti na cobertura do “doleiros dos doleiros”

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Painel de Di Cavalcanti na sala de Dario Messer. (Foto: Reprodução)

Embora a PF (Polícia Federal) ainda não tenha localizado o doleiro Dario Messer, os objetos acautelados em sua cobertura no Leblon, no Rio de Janeiro, dão um panorama de como é a vida de luxo do empresário. Foram encontradas pela força-tarefa do MPF (Ministério Público Federal) e policiais dezenas de obras de Di Cavalcanti, principal expoente do modernismo brasileiro. O pintor, inclusive, parecia ser próximo da família: em um dos quadros, consta uma dedicatória a Mordko Messer, pai do doleiro. A força-tarefa encontrou também centenas de joias, incluindo colares, braceletes, pingentes e anéis. Em meio ao luxo, até o lixo do empresário chama atenção: há uma caixa repleta de papéis triturados em seu escritório localizado de frente para as Ilhas Cagarras.

A coleção de pinturas é extensa. São, pelo menos, 12 quadros de Di Cavalcanti e Eugênio de Proença Sigaud cada, além de alguns trabalhos de José Pancetti, Lia Mittarakis e Enrico Bianco. A PF não fez perícia, mas o especialista Max Perlingeiro, contatado pelo GLOBO, afirma que todas parecem autênticas e valiosas, com exceção de uma.

“Autênticos e de muito boa qualidade. Com exceção de um retrato que não consigo julgar se é realmente do Di Cavalcanti por foto. No entanto, numa coleção dessa magnitude, fica a dúvida”, disse o especialista. A obra sobre a qual ele tem suspeita é o retrato de uma mulher com camiseta azul.

Em um dos quadros, consta uma dedicatória de Cavalcanti para Mordko Messer, pai de Dario e considerado primeiro doleiro do Brasil. É possível ler “Ao senhor M. Messer, com carinho e admiração de E. Di Cavalcanti (1967)”. Mordko tinha uma série de amizades importantes. Entre elas, o atual presidente do Paraguai, Horacio Cortes.

Dentre a boa seleção das pinturas, um quadro de gosto duvidoso: um retrato de Dario Messer como se fosse o “auto-retrato” de Van Gogh. Ao que tudo indica, o doleiro é um amante das artes.

Joias e papel triturado

As joias aparecem em quantidade exorbitante. São vários estojos abarrotados de anéis, pulseias, colares, brincos e pingentes. Todos, aparentemente, de ouro e carregando etiquetas, como se fosse um mostruário.

Fora os artigos de luxo, a Polícia Federal também encontrou uma caixa cheia de papéis triturados, com aparência de terem passado por uma fragmentadora. O ato de triturar papel se assemelha ao “modus operandi” de outros acusados de corrupção, que fazem isso para destruir provas.

Descrito como um dos cinco maiores “doleiros dos doleiros” do Brasil, Dario é o principal alvo da operação “Câmbio, Desligo” deflagrada na manhã desta quinta-feira. Foram expedidos 53 mandados de prisão de doleiros e operadores financeiros, 37 deles já foram cumpridos. Dario não foi encontrado. Segundo a Ministério Público Federal do Rio de Janeiro (MPF-RJ), esta é a maior operação em número de prisões já realizada pela Lava-Jato no Rio, e talvez a maior contra lavagem de dinheiro desde o escândalo do Banestado, no qual Messer também foi citado.

Desde o início dos anos 2000 até agora, o doleiro figurou como envolvido em diversas acusações de corrupção por lavagem de dinheiro, passando do Banestado, ao Mensalão, Lava-Jato e Swissleaks.

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