Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 20 de junho de 2015
Por mais que companheiros e comissão técnica classifiquem publicamente a reação de Neymar após a derrota para a Colômbia como normal, não foi exatamente essa a classificação utilizada por pessoas próximas para definir o episódio que culminou com expulsão e suspensão da Copa América. Segundo Alberto Lozada, membro do tribunal que participou do julgamento, o árbitro Enrique Osses declarou ao fiscal do jogo que Neymar tentou agredi-lo fisicamente. O atacante o teria puxado pela camisa e começou a xingá-lo.
No entanto, na súmula da partida, o juiz não colocou a tentativa de agressão, apenas os insultos ditos por Neymar. Mesmo assim, essa versão constou no relatório da decisão desta sexta-feira (19).
Em contato informal com a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) durante as conversas antes do julgamento do caso no Tribunal Disciplinar da entidade, integrantes da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) informaram que o jogador teve que ser contido ao chegar no vestiário do Estádio Monumental, após a derrota de 1 a 0 contra a Colômbia na quarta-feira (17), tamanha a irritação. A reação assustou pessoas próximas e incomodou a comissão técnica. Os profissionais que trabalham diretamente com Neymar no dia a dia da Seleção reprovaram tal comportamento.
A postura foi relatada na súmula. Além de bolada em Armero e cabeçada em outro colombiano, o documento aponta que Neymar aguardou Osses passar pelo túnel para insultá-lo.
Além do número de jogos que ficará sem Neymar, a comissão técnica da Seleção tinha outra preocupação em relação à punição anunciada pelo Tribunal Disciplinar da Conmebol. Os profissionais da CBF temiam a reação do jogador diante da confirmação do período que não poderá entrar em campo.
Depois de horas de julgamento, a Conmebol divulgou que Neymar foi suspenso por quatro partidas, além de uma punição de 10 mil dólares. A CBF poderá recorrer da decisão do tribunal.
Pressão
Para pessoas próximas, o fato de perder suas férias e ter que ficar concentrado diante de tanta pressão tem incomodado o camisa 10 e capitão da Seleção. Nesta sexta-feira, no entanto, Neymar demonstrou um comportamento tranquilo. Entre os reservas, ele participou do treinamento tático na Universidad de Chile, em La Cisterna, Região Metropolitana de Santiago. (Guilherme Palenzuela e Pedro Ivo Almeida/UOL)