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Celebridades A gaúcha Sylvia Martins relembrou o seu casamento com o ator Richard Gere em autobiografia

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O ator Richard Gere com a artista gaúcha Sylvia Martins. (Foto: Reprodução)

A artista plástica Sylvia Martins vem revisitando suas quatro décadas de carreira. Em entrevista a Bruno Astuto para o jornal O Globo, ela adiantou um pouco da autobiografia bilíngue, em inglês e português, que ela lança no próximo dia 21 na Argumento do Leblon, e que relembra, entre outras histórias, o casamento com o ator Richard Gere.

Dos anos em que a gaúcha de Bagé, filha de um fazendeiro nos Pampas, pediu aos pais que a colocassem num colégio interno no Rio só para ficar na cidade que adorava à jovem modelo de sucesso. Das primeiras aulas de arte no MAM carioca ao círculo de amigos como Tom Jobim, Chico Buarque e Jorge Guinle. Da chegada em 1978 a Nova York, onde estudou na Art Student’s League com Richard Pousette-Dart, às festas no Studio 54 ao lado de Andy Warhol.

Na nova publicação, aliás, há um texto de Gere para o primeiro livro de Sylvinha, “Fragments”, lançado nos anos 1990. “Em constante movimento, ela já teve estúdios num bordel abandonado nas docas de Port Townsend, Washington, numa sala pequena em cima de um bar em Vera Cruz, México, numa cabana na praia de Bali”, escreveu o ator. “Ela já se perdeu nos planaltos de Bornéu e dançou com os deuses do candomblé na Bahia, sempre arrastando instrumentos de pintura”.

Oito anos com Richard Gere

Gere e Sylvia se conheceram assim que ela colocou os pés em Nova York, uma pantera livre e linda, aliás lindíssima. Logo depois, Gabriella Forte, então mega-executiva da Giorgio Armani, enxergou em Sylvia a pessoa ideal para fazer as pesquisas nas ruas para o figurino de um dos maiores sucessos da carreira de Gere, o filme “Gigolô americano”.

 

“Gabriella achou que eu tinha estilo e que eu deveria espiar as tendências de Downtown, porque meu estúdio era, e é até hoje, no Soho. Passei horas mergulhada em bibliotecas, fazendo desenhos e fotocopiando páginas de livros. A cada semana, entregava um portfólio com minha pesquisa. E isso pagava meu aluguel”, conta ela, sobre sua colaboração fashion para o filme que acabou por definir a moda dos anos 1980.

O casal ficou junto — nas leis do amor — durante oito anos, para a alegria da imprensa nacional, que festejava a relação de uma brasileira com um dos maiores astros de Hollywood. Eles se falam até hoje.

“Dias atrás, ele me ligou para falar que estava com uns amigos nossos em comum. Normal”, desconversa ela.

E para encerrar a parte matrimonial de sua vida, Sylvia também foi casada com o empresário Constantine Niarchos, caçula dos quatro filhos do lendário bilionário armador grego Stavros Niarchos. Em 1999, a morte trágica do marido a deixou viúva.

“Foi um momento de muita tristeza, muita dor. Nós morávamos em Londres, uma cidade que nunca me pegou, e decidi voltar para Nova York. Comecei a praticar ioga e meditação, que me ajudaram, além da pintura”, diz ela, antes de fazer uma pausa reflexiva. “Outro dia, a minha assessora estava buscava artigos sobre meu trabalho e muitos deles, sobretudo no Brasil, começavam pelos meus casamentos. ‘Ex-mulher de Fulano, viúva de Sicrano’. Você já reparou que isso nunca acontece com os homens? Mas sinto que a coisa, felizmente, está mudando para as mulheres. Um dia, nosso trabalho virá no topo das nossas biografias.”

Sua produção multidisciplinar sempre passeou por diversas técnicas — desenhos, gravuras, colagens, fotografias — e estilos, como as figuras arredondadas femininas do início dos anos 1980, o flerte com o surrealismo em 1985 e o trabalho com plumas, penas e elementos da natureza após duas viagens à Amazônia, em 2015. Nos anos 1990, vieram as pinturas que mais atraem a atenção dos colecionadores, em especial aquelas a óleo que misturam carne e espiritualidade, natureza e realismo mágico.

A aventura cromática traduz também a inquietação da artista; se por um lado alegram qualquer ambiente, carregam paradoxalmente uma certa melancolia.

Definindo-se como “uma curiosa intermitente e preguiçosa das redes sociais”, ela conta que tem gostado de trabalhar com galerias online, “mais práticas e diretas”. Diz que o movimento lhe rememora a época de sua chegada a Nova York, mais orgânica e sem intermediários.

Dividindo-se hoje entre o estúdio na cidade americana e o apartamento no Arpoador, Sylvia se desmancha pelos dois CEPs.

“Se não estivesse em Nova York, eu jamais teria feito tanto da minha vida artística. O Rio era uma cidade incrível, mas não tinha como hoje tantas escolas de arte para jovens ou galerias, estava ainda na ditadura, nem existia o Parque Lage. Mas nunca deixei de vir para cá; é aqui que me recarrego, nadando neste mar. Aqui a gente tem aquela coisa de ficar anos sem falar com a pessoa, de repente você a encontra na rua e o papo flui como se vocês tivessem se visto ontem. Só que nunca consegui pintar no Rio, veja só. Se um dia conseguir, venho de vez para cá, quem sabe.”

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