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Economia A guerra comercial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acelerou o acordo entre a União Europeia e o Mercosul

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Graças a Trump, Mercosul e União Europeia devem acelerar acordo. (Foto: Reprodução)

As negociações se arrastam desde o ano 2000. E o que parecia impossível em alguns momentos está prestes a se concretizar: um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia.

O empurrão final para o acordo está sendo dado pela política comercial belicosa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Os negociadores brasileiros perceberam que desde a eleição de Trump houve uma mudança de tom do lado europeu, com maior empenho para se chegar a um acordo com o Mercosul.

Mais ainda depois que Trump saiu do discurso para a prática de impor restrições comerciais aos seus parceiros.

A expectativa é de que o acordo Mercosul-União Europeia seja fechado ainda no primeiro semestre.

Uma nova rodada de negociação está sendo organizada para abril, em local ainda a ser definido.

O subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty, embaixador Ronaldo Costa, diz que em princípio haverá uma reunião técnica, seguida de uma reunião em nível ministerial.

Ele resume assim o clima de negociação: “Em 14 anos envolvidos nessa negociação, nunca estive tão otimista”.

Para o Brasil, o acordo será importante sob dois aspectos: no curto prazo, amplia o acesso ao mercado europeu para os nossos produtos agrícolas; no médio prazo, vai ampliar investimentos na área industrial, onde, segundo Ronaldo Costa, o Brasil tem a ganhar com aumento de produtividade, seja por aumento de escala de produção das nossas indústrias, seja pela incorporação de novas tecnologias.

As negociações começaram no ano 2000, ainda no governo Fernando Henrique. Ficaram praticamente congeladas de 2003 a 2010 no governo Lula. Foram retomadas ainda no governo Dilma Rousseff e ganharam impulso no governo Temer.

Do lado do Mercosul, o ambiente de negociação foi favorecido com a eleição de Maurício Macri na Argentina, francamente favorável a maior abertura da economia argentina.

Os quatro países do bloco (além de Brasil e Argentina, Uruguai e Paraguai) estão alinhados na negociação.

A União Europeia, que já vinha se empenhando em fechar o acordo nos últimos anos, recebeu o impulso adicional da tormenta causada por Donald Trump com sua guerra comercial.

Automóveis

A União Europeia tem apenas um mês para tentar convencer Donald Trump de que há alternativas à guerra comercial do aço. Europeus e norte-americanos já negociam possíveis melhorias para importar e exportar em um clima de paz. Washington tem uma fixação: abrir caminho na Europa para os carros norte-americanos, pouco competitivos em relação aos do bloco europeu. Bruxelas contra-ataca com a licitação pública dos Estados Unidos, quase fechada para as empresas europeias.

A UE defende rejeitar qualquer medida unilateral e se prepara com três tipos de ferramentas para aplicar represálias no caso de esta tentativa de entendimento fracassar. E uma delas pode respingar no Brasil. O Executivo comunitário prevê instaurar quotas ou tarifas ao aço procedente de outros países, se for demonstrado que a punição imposta pelos Estados Unidos a outros territórios (por exemplo, o Brasil) desvia para a UE a produção que não é vendida na América do Norte.

Também está previsto desencavar a lista de mais de uma centena de produtos dos Estados Unidos sobre os quais poderia aplicar tarifas de até 25% para compensar os danos que sofrerão as vendas do aço europeu submetido a taxas. Por fim, Bruxelas tentará um pacto com outros parceiros afetados por essa medida protecionista para denunciá-la na Organização Mundial do Comércio.

Bruxelas: esforços no México e Mercosul

Os negociadores europeus e os mexicanos terão uma nova oportunidade de aproximar posições em 16 de abril, com uma reunião em Bruxelas para discutir assuntos pendentes. Por sua vez, os quatro parceiros do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) que negociam com a UE não deram ainda sinais sobre seus próximos passos. Bruxelas tem grande interesse nessa região. O Mercosul em seu conjunto constitui o primeiro sócio comercial da Europa, com 22% do fluxo.

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