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Mundo A guerra comercial entre a China e os Estados Unidos deve elevar as exportações brasileiras de soja para um nível recorde

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Os agricultores norte-americanos estão sendo particularmente atingidos pela crise atual da política comercial, e outros países estão tentando retaliar as tarifas dos EUA a bens chineses. (Foto: Jonas Oliveira/Fotos Públicas)

A guerra comercial entre China e Estados Unidos deve elevar as exportações brasileiras de soja para o nível recorde de US$ 30 bilhões, 17% acima do valor do ano passado. A forte demanda chinesa pela soja do Brasil – depois que o país asiático sobretaxou o produto americano em 25% – levou a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais) a novamente aumentar sua estimativa para os embarques do grão em 2018. Agora, são esperadas exportações de 73,5 milhões de toneladas, 1,4 milhão a mais que o previsto no fim de maio. Esse volume, recorde histórico, é quase 8% superior ao de 2017.

A guerra comercial sino-americana também elevou os prêmios da soja brasileira – valor pago além da cotação na Bolsa de Chicago – para mais de US$ 2 o bushel. Esse ágio, porém, já está quase no limite, porque uma valorização excessiva do grão brasileiro pode torná-lo mais caro que a soja americana, mesmo com a sobretaxa imposta por Pequim.

“Eu acho que US$ 2,80 seria um limite, pensando na competitividade em relação ao grão americano para a China”, disse Luiz Fernando Gutierrez Roque, analista da consultoria Safras & Mercado. Na sexta-feira (20), o prêmio em Paranaguá (PR) para a soja com entrega em agosto estava em US$ 2,00 por bushel na compra. No mesmo período de 2017 era de US$ 0,74 – já um nível considerado elevado.

Mesmo com os prêmios atuais, ainda compensa, para a China, adquirir o produto brasileiro. A tonelada da soja americana, no Golfo do México, está em US$ 413, já com a sobretaxa de 25%, enquanto em Paranaguá sai por US$ 390.

Os últimos números do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos mostraram que a venda líquida de soja da safra 2017/18 pelos exportadores americanos foi de 252,3 mil toneladas na semana entre 6 e 12 de julho. Esse volume está 22% abaixo da média das quatro semanas anteriores.

Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou a China nesta quarta-feira (25) de atingir agricultores norte-americanos de maneira “cruel” e de usá-los como alavanca para obter concessões comerciais.

“A China está visando nosso agricultores, que sabe que amamos e respeitamos, como uma maneira de me fazer continuar a permitir que se aproveitem dos EUA. Eles estão sendo cruéis no que será uma tentativa fracassada. Estávamos sendo legais — até agora!”, escreveu Trump.

Os agricultores norte-americanos estão sendo particularmente atingidos pela crise atual da política comercial, e outros países estão tentando retaliar as tarifas dos EUA a bens chineses e a importações de aço e alumínio da União Europeia, do Canadá e do México.

Os países afetados, por sua vez, estão visando produtos agrícolas dos EUA, como soja, laticínios, carne bovina, produtos agropecuários e bebidas alcoólicas.

Os EUA exportaram 138 bilhões de dólares em produtos agrícolas em 2017, sendo 21,5 bilhões só de soja, a exportação mais valiosa. A China sozinha importou 12,3 bilhões de soja norte-americana no ano passado, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA.

Na terça-feira (24) o governo Trump disse que usará um programa dos tempos da Grande Depressão para oferecer até 12 bilhões de dólares aos agricultores para ajudá-los a suportar a guerra comercial crescente.

tags: Brasil

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