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Colunistas A guerra

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Michel Temer ordenou a execução de eventuais dívidas da TV Globo com a União. (Foto: Beto Barata/PR)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O presidente Michel Temer enviou o ministro Moreira Franco para conversar com a cúpula da TV Globo há dois meses, em uma tentativa de trégua. Mas foi em vão. Temer então declarou guerra. E passou a ordenar a execução de eventuais dívidas da emissora com a União, de impostos e de financiamentos no BNDES. No contra-ataque, a emissora determinou a aproximação de seus principais executivos com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, na tentativa de fazê-lo presidente da República. Mesmo que seja por um ano, até a eleição direta.

Dupla
São constantes as conversas de Maia com o vice-presidente de relações institucionais da Globo, Paulo Tonet. Almoçaram juntos domingo passado, revelou a Coluna.

Na moita
Deputados da tropa de choque já falam em cassar a concessões da emissora quando vencerem os prazos, que são renovados a priori em comissão responsável na Câmara.

Em tempo
A informação dessa guerra de poderosos chegou à Coluna no sábado de fonte do Palácio, e por ora não conseguimos contato com o BNDES e a assessoria da emissora.

É o recesso
Não há negociatas ou articulações – do Palácio e da oposição – no adiamento da votação do processo de Temer para agosto. Deputados e chefes de gabinetes tinham viagens marcadas com suas famílias. É só o descanso de praxe de todo julho. Deputados consultados pela Coluna apontaram o perigo de até perderem seus casamentos.

PF & Povo
Agentes e delegados da Polícia Federal unidos foram às ruas de São Paulo ontem e coletaram 2.015 assinaturas em um documento que pede apoio ao Congresso para votar a PEC 412, pela autonomia da PF. Um dos signatários foi o historiador Leandro Karnal.

Ordem do chefe
Em meio ao contingenciamento de recursos orçamentários, o Ministério da Saúde lidera o ranking de pagamentos de emendas parlamentares com R$ 3,9 bilhões executados até o último dia 6 de julho.

Alegria geral
Na esteira, aparecem os ministérios da Agricultura (R$ 253 milhões), Cidades (R$ 248 milhões), Educação (R$ 156 milhões), Integração Nacional (R$ 124 milhões) e Defesa (R$ 113 milhões). Segundo a oposição, a liberação ajudou a segurar o processo contra Temer na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

Agraciados
Deputados e senadores de São Paulo foram agraciados com R$ 483 milhões no 1º semestre. As bancadas mineiras destinaram (R$ 476 milhões) em emendas. Integram o topo do ranking de emendas o Rio Grande do Sul (R$ 297 milhões), Paraná (R$ 294 milhões) e Bahia (R$ 252 milhões).

Em baixa
Com a primeira-dama Marcela Temer submersa, o programa Criança Feliz segue em baixa. Para tentar atingir a meta de atendimento de 4 milhões de crianças até 2018, o governo abriu novo processo de adesão ao programa para atender a 764 municípios.

Generoso
O ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra (PMDB-RS), tem sido generoso com a liberação de recursos para municípios gaúchos, e bem econômico com outros Estados. Na última semana, liberou R$ 2,3 milhões e R$ 1,2 milhão para Santo Ângelo (RS) e Santa Rita (RS), respectivamente, para aquisição de alimentos.

Dois pesos
Para Pernambuco, por exemplo, foram destinados pouco mais de R$ 600 mil do chamado PAA (Programa de Aquisição de Alimentos).

Burocracia..
O governo emitiu o “reconhecimento por extenso período de seca” para 39 municípios do Ceará, Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Mas para receber recursos federais, as prefeituras têm que vencer a burocracia, como apresentar um relatório com diagnóstico dos danos e o Plano Detalhado de Resposta, por meio do S2ID (Sistema Integrado de Informações sobre Desastres).

..sem garantia
Só depois desse demorado processo, o Ministério da Integração define o valor do recurso que será disponibilizado. É outro desafio.

Barafunda
O plebiscito na Venezuela sobre as decisões do presidente-ditador civil Nicolas Maduro é só um ensaio, mas vale para o governo medir a temperatura popular. De qualquer forma, deve-se desconfiar de urnas que são controladas por uma Corte totalmente governista, e de ‘olheiros’ internacionais que são simpatizantes do chavizmo.

Ponto Final
“Aviso aos navegantes e aos intérpretes do pensamento alheio: não tem plano B. Só temos um plano: Lula em 2018.”
Do deputado José Guimarães (PT-CE).

Com Walmor Parente (DF), Tadeu Pinto (DF), Beth Paiva (RJ) e Henrique Barbosa (PE)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/a-guerra/ A guerra 2017-07-17
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