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Mundo A inclusão do ex-estrategista de Trump na agenda de Bolsonaro nos Estados Unidos incomodou a Casa Branca

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Departamento de Justiça também solicita que ele pague multa de US$ 200 mil por papel no ataque ao Capitólio. (Foto: Reprodução)

Um nome na lista de convidados e anfitriões de honra da comitiva de Jair Bolsonaro tem incomodado integrantes do governo de Donald Trump. Steve Bannon, ex-estrategista do presidente americano, é uma das principais apostas da visita do líder brasileiro a Washington, o que despertou desconfiança na Casa Branca.

Integrantes do governo americano afirmam não entender a obsessão de aliados de Bolsonaro por Bannon, que, segundo eles, não tem mais influência no governo e é detestado por Trump.

O episódio que despertou a fúria do presidente dos Estados Unidos é de 2017, quando seu então assessor foi citado em um livro chamando um dos primeiros-filhos de “traidor”.

A declaração, negada por Bannon, teria sido em relação ao encontro de Donald Trump Jr. (o primogênito do presidente americano) com agentes russos para conseguir informações que prejudicassem Hillary Clinton, adversária do republicano na eleição de 2016.

A perplexidade com a dinâmica entre Bannon e o governo brasileiro, porém, não parece prejudicar as relações de Bolsonaro e Trump enquanto se restringir a troca de ideias em eventos sociais.

Líder do The Movement, grupo que promove a direita nacionalista e populista no mundo, Bannon ofereceu no sábado (16) um jantar em sua casa para um dos filhos de Bolsonaro, Eduardo.

Stephen K. Bannon — K., de Kevin — apareceu também em um convite como um dos organizadores da sessão que exibiu, no Trump International Hotel, o filme “O jardim das aflições – A maior força que existe é a personalidade”. A peça é baseada na obra de mesmo nome de Olavo de Carvalho, guru ideológico do governo brasileiro.

Como anfitrião da mostra ao lado de Bannon estava Gerald Brant, um dos primeiros apoiadores de Bolsonaro entre empresários e investidores nos EUA.

Carvalho foi apresentado como “convidado especial” — ele e Bannon se conheceram há um mês, quando o ex-estrategista de Trump visitou o autointitulado filósofo e, no dia seguinte, recebeu-o em sua casa.

“Se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe o poder que se exerceu sobre você e colocou essas ideias dentro de você”, diz Carvalho no trailer do filme, lançado originalmente em 2017.

A aproximação com o guru bolsonarista e com o filho do presidente rendeu a Bannon presença confirmada na “Santa Ceia” da direita, jantar na casa do embaixador brasileiro dos EUA, neste domingo (17), em que o ex-assessor de Trump teve seu primeiro encontro com Bolsonaro.

Outro entusiasta de Bannon no governo brasileiro é o chanceler Ernesto Araújo, que elaborou a lista para o jantar na embaixada. Desde que Araújo tomou posse, por exemplo, o clipping do Itamaraty — lista diária com as principais notícias distribuída entre os diplomatas e embaixadores — conta com publicações do Breitbart News, site ultraconservador que Bannon ajudou a consolidar e chamou de plataforma para o movimento da direita radical alt-right.

Bolsonaro disse que quer fazer a troca no comando da embaixada dos EUA — e de outros 14 países — porque a imagem do Brasil no exterior está sendo vendida de “maneira ruim”. “Não sou ditador, homofóbico, racista”, disse o presidente em café da manhã com jornalistas. Bannon, por sua vez, já declarou que via as acusações de racismo que existem contra ele com orgulho e que as usaria como um distintivo de honra.

 

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