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Economia A indústria farmacêutica Roche anuncia o fim da produção de medicamentos no Brasil

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Laboratório da Roche Farmacêutica no Rio de Janeiro. (Foto: Divulgação)

O grupo farmacêutico suíço Roche decidiu encerrar a produção de medicamentos no Brasil. Em comunicado, a companhia informou que as atividades de sua fábrica, localizada em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, deverão ser totalmente encerradas entre quatro e cinco anos.

A Roche Farma Brasil, divisão do grupo no país, manterá a sede e o escritório administrativo em São Paulo, e o centro de distribuição que possui em Anápolis (GO).

Segundo a empresa, não há previsão de redução do quadro de funcionários no Rio de Janeiro em 2019, em decorrência do anúncio. Atualmente, são 440 empregados na unidade.

“Nossos colaboradores receberão o melhor suporte possível, com tratamento transparente e respeitoso, ao longo deste período de transição”, disse, em comunicado, Patrick Eckert, presidente da Roche Farma Brasil. A empresa atribuiu a decisão à estratégia global de “concentrar os esforços em produtos inovadores de alta complexidade e baixo volume de produção”.

Segundo a Roche, os medicamentos produzidos atualmente no país (Bactrim, Bonviva, Cymevene, Dilatrend, Dormonid, Lexotan, Prolopa, Rivotril, Rocaltrol, Rohypnol e Valium) consistem em produtos de alto volume e baixa complexidade, “o que torna a operação do Rio de Janeiro pouco sustentável”.

Após o fim da unidade no Rio, Rivotril, Prolopa e Valium continuarão sendo comercializados. Lexotan, Bactrim e Dormonid, porém, serão produzidos por outras empresas que compraram recentemente as marcas. Segundo a empresa, os medicamentos biológicos e de alta complexidade também continuam sendo importados e distribuídos no Brasil normalmente.

“A Roche reforça seu compromisso de continuar abastecendo os pacientes com os medicamentos de alta qualidade hoje fabricados no Rio”, acrescentou. A empresa informa em seu site ter 1.200 colaboradores em toda a operação no Brasil.

A fabricação de produtos farmacêuticos pela Roche no Brasil se iniciou em 1931 no Rio de Janeiro. Desde 1978, a fábrica está localizada em Jacarepaguá.

Vendas

Em janeiro, a Roche anunciou o crescimento de 7% nas vendas do Grupo em 2018, atingindo 56,8 bilhões de francos suíços. As principais soluções determinantes para o crescimento da divisão farmacêutica foram o novo medicamento para esclerose múltipla, Ocrevus (ocrelizumabe); e os medicamentos para câncer, Perjeta (pertuzumabe), Tecentriq (atezolizumabe) e Alecensa (alectinibe), além de Hemcibra (emicizumabe), com foco no tratamento de hemofilia. Com vendas de 2,4 bilhões de francos suíços no primeiro ano de lançamento nos principais mercados, Ocrevus® (ocrelizumabe) é o novo produto cujo lançamento teve maior sucesso na história da Roche.

No Brasil, a divisão farmacêutica cresceu 10% em relação ao ano anterior, com faturamento de R$ 3,4 bilhões, sendo 32% das vendas no setor público e 68% no sistema privado. O crescimento adveio do portfólio de inovação no País, estimulado, em grande parte, pela terapia contra o câncer de mama metastático, Perjeta® (pertuzumabe), que cresceu 51% no mercado privado, e em estratégias públicas regionais.

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https://www.osul.com.br/a-industria-farmaceutica-roche-anuncia-o-fim-da-producao-de-medicamentos-no-brasil/ A indústria farmacêutica Roche anuncia o fim da produção de medicamentos no Brasil 2019-03-26
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