Sexta-feira, 29 de março de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil A inflação brasileira surpreende e economistas elevam a projeção para 2017

Compartilhe esta notícia:

Só para a Argentina, maior parceiro na América Latina, Brasil deixou de exportar R$ 20,9 bilhões por ano. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

A inflação de setembro surpreendeu. Subiu 0,16%, influenciada pela pressão dos combustíveis sobre o setor de transportes. Os economistas esperavam a metade disso.

A tênue mudança de rumo fez com que uma leva de analistas revisasse levemente para cima as projeções para do indicador no ano. Já se estima que pode chegar a 3%. Em 12 meses, encerrado em setembro, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) tem alta de 2,54%.

De janeiro a setembro, porém, a inflação acumulada ainda impressiona pelo baixo valor: está em 1,78%, a menor taxa desde 1998 para o período.
Hoje, a meta de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo.

Uma inflação de 3% no ano não preocupa e resolveria o inusitado problema de o Banco Central ter de se explicar. Pelas regras, o presidente da instituição, Ilan Goldfajn, teria de escrever, pela primeira vez na história, uma carta justificando a inflação abaixo do piso da meta.

Segundo os analistas, os preços um pouco acima do esperado não têm força para alterar as projeções para os juros, que devem encerrar o ano em 7% – um recorde histórico.

Embora o número de setembro tenha colocado fim a um ciclo de mais de uma ano de desaceleração de preços no acumulado de 12 meses, a economia em recuperação gradual e o fraco mercado de trabalho continuam a contribuir com uma inflação comportada por mais tempo.

Revisão
A LCA Consultores revisou o IPCA para o ano de 2,9% para 3%, incorporando a inflação de setembro e também uma trajetória menos benigna para os preços de energia.

Segundo o economista Fábio Romão, o Banco Central deve levar os juros a 7% em dezembro, não só porque a surpresa com a inflação foi pequena, mas também porque os preços de serviços, relevantes para a política monetária, andaram de lado.

Fábio Ramos, do UBS Brasil, também revisou a inflação do ano de 2,9% para 3%.

Segundo ele, os dados de setembro sinalizam que o processo de deflação de alimentos deve se encerrar em outubro, após cinco meses consecutivos de queda. “Isso não quer dizer que a inflação vai subir muito, mas que o seu piso ficou pra trás e, daqui pra frente, vai se normalizar”, diz Ramos.

Os alimentos acumulam queda superior a 5% no ano e foram cruciais para a queda da inflação cheia.

Com a reação dos alimentos, afirma Ramos, as chances dos juros caírem abaixo de 7% diminuem.

Não é, no entanto, o que pensam Bradesco e Itaú.

O Bradesco prevê o IPCA em 3% neste ano e 3,9% no ano que vem. Com isso, a Selic deve chegar a 6,75% em fevereiro de 2018.

Já o Itaú espera uma Selic ainda mais baixa, em 6,5% em fevereiro.

Felipe Salles, do Itaú Unibanco, lembra que, a inflação de setembro não assusta porque não foi espalhada.

Do 0,06 ponto acima do esperado, só o gás de botijão respondeu por metade disso.

“Não é nada generalizado”, diz. “O pessoal estava acostumado a ser surpreendido para baixo e estranhou”.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Número de cidades gaúchas afetadas pela chuva sobe para 55
Populistas agitam corrida presidencial dos EUA
https://www.osul.com.br/a-inflacao-brasileira-surpreende-e-economistas-elevam-a-projecao-para-2017/ A inflação brasileira surpreende e economistas elevam a projeção para 2017 2017-10-07
Deixe seu comentário
Pode te interessar