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Brasil A internet vende livremente itens usados em mortes: nos crimes de Suzano e Marielle, rastreadores, peças e dispositivos para recarregar armas e besta foram comprados on-line

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Fachada da Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP). (Foto: Divulgação/Google Mapas)

“Não se preocupe, os adesivos são imperceptíveis. Eles têm o mesmo formato e a mesma cor das letras e números, ninguém perceberá que tem algo na placa. Utilizo há sete anos em meu veículo e nunca tive problema.”

Assim, um vendedor tenta convencer quem pretende comprar um adesivo antirradar, proibido pelo CTB (Código de Trânsito Brasileiro) e cujo uso é crime. Mas o produto é negociado livremente na internet.

O adesivo foi um dos itens pesquisados pelo sargento reformado Ronnie Lessa no suposto planejamento da execução da vereadora Marielle Franco, segundo a polícia. Um exemplo de como acessórios, legais ou ilegais, podem ser adquiridos sem controle em sites.

Quatro meses antes do crime, Lessa iniciou as buscas. Entre os equipamentos, ele pesquisou sobre o jammer, um bloqueador de sinais de uso proibido e acessórios para submetralhadora HKMP5, o que faz a polícia acreditar que ele estava montando a arma do crime. As compras de fato efetuadas foram um rastreador veicular e uma caixa impermeável para enterrar armas.

Os dois jovens responsáveis pelo massacre na escola de Suzano (SP) compraram todas as armas brancas no Mercado Livre. A besta, por exemplo, espécie de arco e flecha, pode ser encontrado por até R$ 105, e a machadinha por R$ 32. Em contato com vendedores, foi informado que não há controle algum sobre esses itens.

O jet loader, usado para recarregar armas e também encontrado com os assassinos, não tem controle do Exército para venda, segundo a Receita Federal. Entretanto, carregadores são um dos acessórios que constam como produtos controlados pelo Exército, ou seja, de uso restrito.

Mas não é difícil comprar um na internet. Após o jornal Extra contatar um site especializado, que o vendia por cerca de R$ 40, o vendedor afirmou que não há controle e frisou que o dispositivo serve para airsoft e armas de fogo.

Leia abaixo a íntegra do posicionamento do Mercado Livre:

“O Mercado Livre compartilha da indignação e da tristeza do povo brasileiro diante do massacre ocorrido ontem em Suzano. Consternados com a informação de que itens utilizados nesta ação poderiam ter sido adquiridos em nossa plataforma, fizemos contato com as autoridades policiais e colocamos-nos à disposição para colaborar com a investigação.

Ressaltamos que os equipamentos mencionados na reportagem são amplamente utilizados em atividades legítimas como, por exemplo, para a prática de esportes (arco e flecha), cutelaria (machadinha) e marcenaria (machado). O Mercado Livre repudia o uso ilícito desses equipamentos.

O Mercado Livre destaca ainda que os Termos e Condições de Uso de sua plataforma estão de acordo com o disposto na legislação brasileira e que todos os anúncios do site trazem um botão de denúncia no canto inferior direito para que qualquer pessoa possa apontar eventuais práticas contrárias a esses Termos. Diante de uma denúncia, o anúncio é analisado, removido e o usuário infrator pode ter seu cadastro inabilitado.”

 

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