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Artes Visuais A Itália e a França entram em atrito para exibir as obras de arte durante as comemorações dos 500 anos da morte de Leonardo da Vinci

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Criador da "Mona Lisa", uma das pinturas mais famosas do mundo, há décadas que Leonardo da Vinci se transformou em uma marca rentável. (Foto: Reprodução)

A genialidade em combinar arte, ciência, tecnologia e humanidades de Leonardo da Vinci pode ser associada a qualquer atividade da vida moderna, dos mistérios aos desejos mundanos da carne. Na Itália, neste 2019 que marca os 500 anos de sua morte, em 2 de maio, as celebrações colocaram o artista no centro de uma disputa com a França, país onde ele morreu, aos 67 anos. A controvérsia política também cabe na ambígua imagem de um gênio de uma época de grandes invenções. Contemporâneo de Michelangelo (1475-1564) e Rafael (1483-1520), outras referências da Renascença, Da Vinci tornou-se um ícone global por suas múltiplas habilidades.

Criador da “Mona Lisa”, uma das pinturas mais famosas do mundo, há décadas que o artista se transformou em uma marca rentável – para os principais museus da Europa, colecionadores, empresários do setor de turismo e até para o cinema, como mostrou o filme “O Código Da Vinci” (2006). “Leonardo é pop. Sua imagem se presta muito bem a esse papel célebre e elástico. Ele era misterioso, não era um personagem de extrema clareza. Ele é camaleônico, mas também porque nós gostamos de vê-lo assim”, disse Marco Cianchi, professor aposentado da Academia de Belas Artes de Florença e um dos principais especialistas do artista na Itália.

Os eventos em sua homenagem vão ocorrer até o ano que vem; os maiores serão realizados na Itália e na França, países onde estão suas principais obras. Além de debates e conferências, estão previstas mostras sobre as diferentes facetas do artista, que se notabilizou também como cientista e inventor – de bicicletas, máquinas voadoras e armamentos militares, séculos antes da produção desses objetos.

O governo italiano criou um comitê, formado por especialistas nacionais e estrangeiros, para organizar uma programação em museus do país. Estão previstos centenas de eventos pelo Ministério da Cultura, com custo inicial previsto de EUR 1,1 milhão, tímido para uma programação que se pretende grande. Os principais eventos na Itália vão acontecer em Florença, Milão e Vinci, a pequena cidade da Toscana onde o artista nasceu, em 15 de abril de 1452. O município programou conferências mensais e uma mostra dos seus primeiros anos.

“Vamos apresentar o primeiro desenho que ele fez, na juventude, quando começou a desenvolver temas como a água e a natureza. E também seu registro de nascimento feito pelo bisavô, que era notário”, disse Roberta Barsanti, diretora do Museu Leonardiano em Vinci e integrante do comitê criado pelo governo. O faturamento de Vinci com o artista é modesto (cerca de EUR 1 milhão ao ano, segundo Barsanti), mas o artista é o principal atrativo; a casa onde ele nasceu ainda está lá, por exemplo.

Em Florença, na mesma região onde Leonardo da Vinci se formou como artista, está a Galeria dos Ofícios, museu italiano que inaugurou em julho passado uma sala dedicada ao artista, com três quadros pintados no período em que ele viveu na cidade – “Batismo de Cristo”, feito entre 1475-1478, quando Da Vinci ainda colaborava com seu mentor (Andrea del Verrocchio); “A Anunciação” e “A Adoração dos Magos”. As obras representam a metade das pinturas do artista na Itália. As demais estão em Roma, Parma e Milão, que tem uma de suas obras-primas, “A Última Ceia”.

Segundo estimativa feita anos atrás por Luke Syson, curador de esculturas e arte decorativa europeia do Metropolitan de Nova York, também escolhido para o comitê leonardiano do governo, o artista “provavelmente não começou mais de 20 pinturas em uma carreira que durou quase meio século, e apenas 15 das pinturas que sobreviveram são comprovadamente suas”.

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