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Mundo A Justiça da Argentina quer usar mais a prisão preventiva e a delação premiada, como no Brasil, para avançar sua investigação de corrupção

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A senadora peronista lidera as pesquisas de intenção de voto contra Macri, que tentará a reeleição. (Foto: Reprodução)

A estratégia de estabelecer um cerco de menor a maior é uma das lições que a Operação Lava-Jato brasileira deixou na Justiça argentina. A primeira rodada já deixou 16 presos, 10 delatores premiados e 1 fugitivo.

Ángelo Calcaterra, primo do atual presidente Mauricio Macri e ex-dono da construtora IECSA – que aparece tanto no argentino “diários da corrupção” quanto na Lava-Jato – inaugurou um capítulo nas investigações sobre corrupção na Argentina: há uma semana, foi o primeiro empresário a admitir ter pago subornos nos governos de Néstor (2003-2007) e Cristina Kirchner (2007-2015).

Ao abrir essa inédita porta, condicionou os demais empresários implicados. Ao longo da semana, outros sete aderiram à delação premiada. Na Argentina, eles são denominados “arrependidos”, uma figura legal aprovada em 2016, inspirada na Lava Jato. Ganharam o privilégio de responder ao processo em liberdade.

“Nós vivemos olhando para a Lava-Jato. Diziam que a delação premiada aqui não funcionaria como no Brasil, mas já temos nossos arrependidos”, disse o secretário argentino do Fortalecimento Institucional, Fernando Sánchez. Seu cargo foi criado em dezembro para elevar o nível de transparência e de combate à corrupção.

Neste ano, o Executivo pretende seguir o exemplo do método de investigação e de acusação penal da força-tarefa da Lava-Jato, dando poder aos promotores, mais do que aos juízes. A Argentina também quer aplicar mais a prisão preventiva, pois hoje um condenado pode continuar livre até uma sentença da Corte Suprema. No ano passado, o Congresso aprovou a penalização das empresas nos casos de corrupção. “O juiz Sérgio Moro é grande exemplo para a Argentina”, descreve Sánchez.

As lições da Lava-Jato vêm das sucessivas visitas de procuradores argentinos ao Brasil, a partir de 2016. Em junho, durante a visita à Argentina do procurador da Lava-Jato Deltan Dallagnol os procuradores receberam uma nova exposição. “A delação premiada deve trocar um peixe pequeno por um peixe grande ou por um cardume”, disse Dallagnol.

 

Cristina Kirchner

A ex-presidente da Argentina e atual senadora, Cristina Kirchner, compareceu na manhã desta segunda-feira (13) a um tribunal para prestar esclarecimentos sobre o processo chamado pela imprensa de “Cadernos da Corrupção”, mas se recusou a responder às questões do juiz federal Claudio Bonadio, segundo a imprensa argentina.

Ela ainda entregou um documento para pedir a nulidade do processo que investiga a suspeita de que ela liderou um esquema de corrupção com membros do governo e empresários para desviar milhões de dólares de obras públicas. Cristina argumenta que desconhecia o esquema.

Investigações apontam que Kirchner e o marido, Néstor — que também governou a Argentina entre 2003 e 2007, e morreu em 2010 — receberam bolsas de dinheiro obtido por meio de construtoras e empresas de energia.

O escândalo veio a público depois que uma reportagem do jornal argentino “La Nación” divulgou que o motorista Oscar Centeno, do Ministério do Planejamento, descreveu minuciosamente a rota do dinheiro sujo do kirchnerismo em oito cadernos escolares. Ele era o responsável pela entrega das sacolas com a propina.

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