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Por Redação O Sul | 23 de janeiro de 2019
A Justiça Federal de Juiz de Fora (MG) autorizou a prorrogação, por 90 dias, do segundo inquérito que investiga o ataque a faca sofrido pelo presidente Jair Bolsonaro durante a campanha à Presidência da República, em setembro do ano passado.
A investigação, prorrogada a pedido da PF (Polícia Federal), com o aval do MPF (Ministério Público Federal), apura quem financiou a defesa de Adélio Bispo de Oliveira, agressor confesso de Bolsonaro. A decisão foi tomada pelo juiz da 3ª Vara Federal, Bruno Savino. Segundo investigadores, a Justiça pediu diligências para elucidar o caso.
Adélio Bispo de Oliveira foi preso em flagrante logo após o atentando e confessou a autoria do crime. Ele está detido no presídio de segurança máxima de Campo Grande (MS).
Bolsonaro foi ferido no abdômen no dia 6 de setembro, durante ato de campanha em Juiz de Fora. No dia 2 de outubro, o agressor foi denunciado pelo MPF por prática de atentado pessoal por inconformismo político, crime previsto na Lei de Segurança Nacional. Dias após o indiciamento, ele se tornou réu no processo.
A prorrogação autorizada pela Justiça vale para a segunda investigação do caso, ainda em fase de inquérito. No primeiro inquérito, a PF concluiu que o agressor agiu sozinho no momento do ataque e que a motivação “foi indubitavelmente política”.
Segundo inquérito
O inquérito prorrogado foi aberto pela PF no dia 25 de setembro do ano passado. De acordo com o delegado Regional de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais, Rodrigo Morais, o objetivo é investigar a participação de terceiros no atentado.
Em 23 de outubro, o prazo pra conclusão do inquérito foi prorrogado pela primeira vez. O juiz Bruno Savino atendeu a um pedido da Polícia Federal, com a concordância do MPF.
No dia 21 de dezembro do ano passado, a polícia cumpriu dois mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, responsável pela defesa de Adélio Bispo. O objetivo da operação foi tentar identificar quem estaria financiando a defesa do autor do atentado.
Na época da operação, o advogado Zanone afirmou que acompanhou toda a ação dos policiais federais e voltou a dizer que o nome de quem o contratou para defender Adélio é sigiloso. O ex-diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, declarou que o objetivo da operação é não deixar nenhuma dúvida. Ele disse também que a investigação está próxima de ser encerrada.