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Colunistas A Mãe Pátria!

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Presidenta da República, Dilma Rousseff (Foto: Roberto Stuckert/PR)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Hoje é o Dia das Mães! Convém lembrar que mãe também chora! Positiva ou negativamente. Mãe chora baixinho ou aos berros por medo, alegria, insegurança, orgulho, decepção, amor, frustração, realizações, fracassos. Mãe chora. E, muito. Resumindo: mãe é uma usina de choro. Começa no parto e vai até o último dia de sua vida, na maior parte da história dedicada aos filhos. A única maneira de ser nada disso, bom, é não tendo filhos. Nem naturais nem adotados! Conheço uma mulher que adotou dois meninos ela é mais dedicada que quase todas as outras que conheço. Inclusive eu!

Mas, depois de beijos e abraços dos filhos, lembrei do Chico Buarque: “Num tempo. Página infeliz da nossa história. Passagem desbotada na memória. Das nossas novas gerações. Dormia. A nossa Pátria mãe tão distraída. Sem perceber que era subtraída. Em tenebrosas transações. Seus filhos. Erravam cegos pelo continente. Levavam pedras, feito penitentes. Erguendo estranhas catedrais. E um dia, afinal. Tinham direito a uma alegria fugaz. Uma ofegante epidemia. Que se chamava carnaval.”

Na última sexta-feira, os senadores aprovaram por 15 votos a cinco o parecer do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG), que vai derrubar a Dilma. Sem nenhuma acusação de crime. Analistas ouvidos pela BBC Brasil concordam: a interpretação histórica do episódio dependerá do que ocorrer com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e com o vice-presidente, Michel Temer. Para James Green, professor de história brasileira da Brown University, Cunha é réu na Lava-Jato, acusado pelo governo da Suíça… Claro que ele nega ter cometido crimes. Green argumenta que se o presidente da Câmara e os outros deputados forem condenados, os brasileiros entenderão o impeachment de Dilma como “uma grande farsa”, “uma manobra parlamentar para derrubar uma pessoa a quem eram contra”, e que, “como em outros momentos, da história brasileira classes políticas e econômicas contrárias (Dilma), têm orquestrado uma “conciliação” para barrar as investigações (agora da Lava-Jato). Encaminhado o impeachment de Dilma, ele diz acreditar que o próximo objetivo do grupo será “pôr Lula na cadeia” para evitar que ele se candidate em 2018.

João Augusto de Castro Neves, diretor de América Latina da consultoria Eurásia em Washington, afirma que, se o impeachment se consumar, será o fim de um ciclo iniciado em 1985, quando a ditadura se encerrou e começou um período em que os três maiores partidos brasileiros (PMDB, PSDB e PT) chegaram à Presidência. “Os livros vão ver 2016 como o fim da República Nova”, diz ele, “mas ainda não sei bem como o começo do quê”.

Se os especialistas não sabem o que vem por aí, imagine nós, os pobres mortais! Vamos curtir o Dia das Mães, o único amor incondicional!

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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